Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

AL-BA entrega Comenda 2 de Julho ao cantor baiano Mateus Aleluia

AL-BA entrega Comenda 2 de Julho ao cantor baiano Mateus Aleluia
Foto: Divulgação / Agência ALBA

O cantor e compositor baiano Mateus Aleluia foi homenageado nesta quinta-feira (5) durante uma sessão especial no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia, que contou com simbolismos musicais e religiosos. Por iniciativa do deputado Marcelino Galo (PT), o artista natural de Cachoeira, que integrou o conjunto musical Os Tincoãs, recebeu a Comenda 2 de Julho, a mais alta honraria da Casa, na presença de familiares, amigos, músicos e admiradores.

 

O maestro Ubiratan Marques foi o responsável por ciceronear, ao piano, a entrada do homenageado até seu lugar na mesa, ao som de Cordeiro de Nanã (Mateus Aleluia e Dadinho). A canção foi também tocada pela Filarmônica Minerva Cachoeirana, que executou ainda o Hino ao Dois de Julho e outras marchinhas durante a cerimônia.

 

Em discurso, Galo falou sobre a trajetória musical de Aleluia com os parceiros Dadinho e Heraldo no trio Os Tincoãs, que em 1973 alcançou fama ao assinar com gravadoras como Odeon e Philips, no Rio de Janeiro. “Foi justamente com a entrada de Aleluia no grupo em 1963, no lugar de Erivaldo, que a herança da ancestralidade africana passou a tomar conta do repertório”, explicou o petista. Além disso, Marcelino relatou o período de quase 20 anos em que o compositor viveu na Angola, a partir de 1983, chegando a trabalhar no governo do país africano, na área cultural.

 

Após receber a honraria das mãos da esposa, Rosa Antonia, e dos filhos Marcos e Mateus, o artista agradeceu o recebimento da Comenda e compartilhou a homenagem com sua terra natal, companheiros do trio musical e os presentes. 

 

Em seu pronunciamento, Aleluia falou sobre fé e ancestralidade, e ainda revelou que ficou surpreso ao saber que seria laureado. “Lembrei de Michelle Obama. Nós temos aquela coisa da impostura conosco: não acreditamos que merecemos aquilo que nos dão; não fomos educados para receber, a não ser maus-tratos”, disse.

 

Mateus Aleluia emocionou os presentes no plenário do Legislativo baiano, citando a música “Lágrimas do Sul”, canção de Milton Nascimento e Marco Antônio Guimarães em homenagem a Winnie Mandela, ativista e esposa do líder sul-africano Nelson Mandela


Também fizeram uso da palavra a deputada federal Lídice da Mata (PSB), a secretária estadual de Promoção da Igualdade Racial, Fabya Reis, que na sessão representou o governador Rui Costa, o diretor-geral do Instituto de Radiodifusão Educativa do Estado da Bahia (Irdeb), Flávio Gonçalves; o professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Clóvis Caribé, conhecido como “Coió”; e a ialorixá do Terreiro do Bogun, Mãe Índia.

 

Compuseram a mesa ainda a defensora pública Cynara Fernandes, representando o defensor público geral da Bahia, Rafson Ximenes; e o representante da Nação Angola do Terreiro Mocambo, Tata Anselmo. O evento foi finalizado ao som do autêntico samba de roda do grupo cachoeirano Esmola Cantada, de Ladeira da Cadeia.