Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

Roger Waters escreve carta para convencer Milton Nascimento a cancelar show em Israel

Roger Waters escreve carta para convencer Milton Nascimento a cancelar show em Israel
Fotos: Divulgação

O músico Roger Waters enviou uma carta para Milton Nascimento na tentativa de convencer o artista brasileiro a cancelar um show em Israel, neste domingo (30). 


Com a negativa, o ex-vocalista do Pink Floyd escreveu outra e enviou ao movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), campanha global a favor de sansões ao estado de Israel com o objetivo de garantir direitos dos palestinos. Na publicação, ele diz ter enviado a carta ao cantor brasileiro, mas que não obteve resposta. 
Esta semana, em Portugal, o BDS chegou a protestar em frente ao local onde Milton se apresentava, pedindo que ele cancelasse o show em Tel Aviv.


“Quando estive no Brasil no ano passado, fui apresentado ao lendário músico brasileiro Milton Nascimento, e bebemos algumas belas cachaças juntos. Quando li que ele estava planejando cruzar a linha de piquete do movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), para se apresentar em Tel Aviv, fiquei chocado. Eu escrevi para Milton pedindo uma oportunidade de falar com ele. Nem ele nem ninguém de sua equipe me respondeu”, escreveu Waters, dizendo estar com peso no coração. “Eu queria falar com Milton sobre amor, morte e música. Amor por todos os nossos irmãos e irmãs em todo o mundo, independentemente de sua religião, ou etnia, ou nacionalidade, mas particularmente pelos palestinos e palestinas que buscaram artistas em todo o mundo para pedir ajuda, através de sua recusa em lavar a imagem do Estado de apartheid israelense, não se apresentando por lá”, acrescentou o músico e ativista.


“Eu queria falar com Milton sobre morte. Eu queria perguntar a ele se ele tem filhos, e como ele se sentiria enterrando um deles após um abate casual perpetrado por um exército de ocupação. Eu queria falar com ele sobre música, e sua profunda obrigação moral como eminente músico de evitar que sua música seja utilizada para lavar o apartheid com arte. Milton escolheu caminhar pelo outro lado, ignorando o que Angela Davis chama de indivisibilidade da justiça. Que pena”, concluiu Roger Waters.