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Marca Bahia Notícias

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Regina critica diretor bolsonarista que propôs 'guerra cultural', mas põe culpa na esquerda

Regina critica diretor bolsonarista que propôs 'guerra cultural', mas põe culpa na esquerda
Foto: Reprodução / Instagram

Através de suas redes sociais, a atriz Regina Duarte afirmou que o também bolsonarista Roberto Alvim “tem extrapolado em declarações polarizadas”.


As declarações da atriz se deram após o diretor de teatro, que ganhou o cargo de diretor do Centro de Artes Cênicas da Funarte (clique aqui), propor a criação de um banco de dados de “artistas conservadores” para promover uma “máquina de guerra cultural” (clique aqui e saiba mais).


Apesar das críticas, Regina tentou justificar o teor das declarações de Alvim, afirmando que elas são reação “às retaliações fascistas/agressivas de uma facção da classe artística [que] fizeram com que o casal perdesse o filho amado”. A atriz se refere à esquerda e à ala progressista do setor cultural, e o “filho amado”, em questão, é o Teatro Club Noir, ao qual Alvim está à frente, e que fechou em decorrência de dificuldades financeiras. Segundo o diretor, os problemas se deram porque ele tem sido boicotado pelo setor cultural, após declarar apoio ao presidente Jair Bolsonaro.


“O Teatro Club Noir era um filho, tinha pouco mais de 10 anos. Era um braço forte da inegável criatividade artística da cidade de São Paulo. Alvim e Juliana Galdino se dedicavam a ele com paixão e tudo desmoronou depois que ele declarou seu apoio a Bolsonaro”, avaliou Regina Duarte. “A meu ver o diretor Alvim tem extrapolado em declarações polarizadas porque certamente se encontra sob efeito de uma crise pós-traumática. Quem perde um Teatro perde um filho”, ponderou a atriz, minimizando a gravidade das declarações do diretor de teatro e novo membro do governo.


“Em virtude disso não consigo esperar dele que assuma com sensatez, com equilíbrio, as declarações que tem feito nas últimas 24 horas. São declarações com as quais não concordo. A arte se encontra em patamar sagrado, acima das ideologias”, afirmou Regina. Segundo ela, as declarações de Alvim “repetem o chavão polarizado” que sempre “abominou” e são “um tipo de radicalismo que se iniciou lá atrás, no tempo das últimas eleições”.


“Pelo amor de Deus! Quando é que vamos poder voltar a exercer o nosso ofício em paz?”, questionou a artista, que concluiu o texto com um pedido à classe artística: “Não vamos agora ceder à tentação de mais uma vez, raivosos, polarizar. O momento é de nos unirmos evitando armadilhas que nos dividam”.