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'Salvador é um amor antigo': pernambucana Duda Beat faz 1º show na capital baiana

Por Lara Teixeira

'Salvador é um amor antigo': pernambucana Duda Beat faz 1º show na capital baiana
Foto: Divulgação

A mudança para o Rio de Janeiro em 2005 não fez com que a cantora pernambucana Duda Beat esquecesse suas raízes. Apresentando um sotaque inconfundível, a artista lançou seu primeiro disco 'Sinto Muito', em abril deste ano e estreia em Salvador neste domingo (16). Em conversa com o Bahia Notícias, a cantora falou sobre sua carreira, seu novo álbum e sua expectativa para tocar em Salvador. 

 

Duda se apresenta na capital baiana na última edição do TOCA!, evento que trouxe durante o ano nomes como Francisco, El Hombre, Metá Metá, Ronei Jorge, entre outros. O evento, que começa às 18h no pátio do Goethe-Institut Salvador, ainda conta com o show da baiana Majur, que irá apresentar seu EP Colorir, lançado em novembro.

 

Eduarda Bittencourt, ou Duda Beat, começou sua relação com a música na adolescência cantando no coral da igreja e depois ao criar uma banda no colégio. Um pouco mais velha, Duda decidiu sair de Recife e se mudar para o Rio de Janeiro para estudar medicina. Mas, após anos de cursinho sem conseguir ingressar na faculdade, a pernambucana voltou a cantar e foi backing vocal nos discos de Letrux e Castello Branco. Depois desses trabalhos, Duda decidiu que tinha chegado o momento de trilhar o seu próprio caminho.  

 

Após dois anos de produção, para chegar no resultado final do disco, Duda apresenta, através de um mix de gêneros musicais, que envolve tecnobrega, axé, pop e baladas românticas, canções que falam sobre antigos relacionamentos e empoderamento. "Eu precisava trabalhar para pagar o disco, então isso atrasou um pouco o lançamento. Foi uma coisa bem trabalhosa, mas conseguimos colocar ele na praça".

 

A cantora explicou que o propósito de tratar sobre assuntos pessoais no disco era prioridade no momento de construção do trabalho. "No início eu não tinha nenhum contato com o público. Foi um processo de cura meu, de me sentir respeitada. Foi um processo de colocar minha dor em algo, e o resultado foi que muitas pessoas se identificaram com minhas letras. Não é à toa que eu recebi muitas mensagens sobre como meu disco ajudou essas pessoas a melhorar a vida delas, a sair de um relacionamento que já estava desgastado, de se empoderar. O empoderamento costumo dizer que chega depois, no final, com (as músicas) 'Egoísta', 'Bolo de Rolo', até com o 'Pro Mundo Ouvir'. Porque depois que você vai no fundo do poço, você precisa criar forças para poder subir né. Era muito necessário que esse empoderamento existisse ali. Existe a derrota total e existe o empoderamento, ainda mais no momento que a gente vive, onde o empoderamento feminino é essencial", relatou Beat. 

 

 

 

A artista cresceu escutando brega, axé, maracatu e frevo e diz ter se arrependido "um pouco" de não ter apresentado no disco mais sonoridades de Recife. Porém afirmou que, no seu próximo disco, programado para 2020, esse aspecto não passará despercebido. "Eu costumo dizer que Recife me formou como ser humano. Todas as minhas influências de música eu ouvi lá. Recife foi minha formação cultural. Em 'Sinto Muito', o que eu trouxe de mais especial da minha terra foi o meu sotaque'. 

 

Ao entrar no assunto sotaque pernambucano, a cantora revelou que passou por uma "polêmica" no Twitter nesta semana. "Apareceu uma pessoa de Recife me esculhambando porque eu moro no Rio há treze anos e disse que meu sotaque é 'nojento', que eu estava forçando. As pessoas são muito tristes. Ao invés de ter orgulho de ver uma pessoa crescendo e conseguindo visibilidade para a terra, o povo prefere me detonar. Eu fiquei triste, foi um piores ataques que eu tive até agora", contou Beat. 

 

Nesta quarta-feira (12), a pernambucana ganhou o prêmio Revelação da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA). Sobre o trabalho realizado a partir do seu primeiro disco, Duda afirma que está "muito feliz" com tudo que tem acontecido. "Vou te falar a verdade eu meio que previ isso. Eu sou meio bruxa, a minha empresária sempre diz ‘ela tem uma intuição muito forte’. Eu acho que quando eu fiz o disco eu sabia que  as pessoas iam se identificar com a minha letra".

 

"A cada dia mais pessoas estão falando sobre mim. Grandes artistas estão me citando, isso é uma coisa maravilhosa. Quando um artista coloca uma coisa no mundo é óbvio que ele quer ser reconhecido, é até escroto dizer que não. E eu sou do time da sinceridade, falo mesmo, queria mesmo ficar famosa, e tudo isso. Tá rolando aos poucos, é um degrau de cada vez, tô trabalhando muito, trabalhei muito para isso, e cada dia eu vou trabalhar mais. É isso que eu quero", completou a cantora. 

 

Alcançando um dos seus sonhos, Duda Beat foi convidada para se apresentar no Lollapalooza Brasil que acontece nos dias 5, 6 e 7 de abril de 2019. A cantora disse que, assim que soube que iria tocar no festival, já começou a trabalhar no show e afirmou que quer fazer algo diferente. 

 

Sobre o seu show em Salvador, a pernambucana revelou estar ansiosa e que sua apresentação vai contar com a participação do rapper baiano Hiram. "Salvador já é um amor muito antigo, porque eu nunca fui, mas sempre quis ir. Estou contando os dias. As pessoas sempre me pediram para ir, e eu fiquei muito feliz com essa oportunidade. Dividir o palco com o Hiram vai ser incrível, ele é um orgulho da Bahia". 


SERVIÇO
O QUÊ:
TOCA! - Duda Beat e Majur 
QUANDO: Domingo, 16 de dezembro, às 18h 
ONDE: Goethe-Institut Salvador, Corredor da Vitória
VALOR: R$ 50 inteira e R$ 25 meia