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Marca Bahia Notícias

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Ministro da Cultura diz estar de ‘saco cheio’ de manifestações políticas em espetáculos

Ministro da Cultura diz estar de ‘saco cheio’ de manifestações políticas em espetáculos
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Antes das manifestações políticas de Roger Waters contra Jair Bolsonaro (PSL), em sua passagem pelo Brasil, o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, criticou este tipo de ação. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ele contou que foi ao show do ex-Pink Floyd em São Paulo e chegou a conversar com o empresário do músico. "Confesso que, pensando como público, como fã, eu estou de saco cheio. A gente não consegue mais ir a um show ou ver um filme sem que haja algum tipo de manifestação política. Muitas pessoas estão com essa sensação", avaliou o ministro. "A arte é transformadora inclusive em um grau maior do que a própria política. Eu sei que o Roger Waters é um artista politizado, discordo de algumas posturas mas adoro a música que ele faz. Eu conhecia o empresário e ele me chamou. Ficamos batendo papo antes do show e ele me disse que Waters iria falar sobre a eleição. Aí, me fez perguntas e eu disse que seria uma celeuma porque a sociedade estava muito dividida. Mas saí do show com a impressão de que era exatamente isso o que o Roger Waters queria", acrescentou Sá Leitão, dizendo ainda não ter “essa visão apocalíptica” de um governo de Bolsonaro.  


“Aos 51 anos, já vi muita coisa acontecer desde o final do regime militar. Acho que a democracia é muito sólida, temos instituições consolidadas e um bom sistema de pesos e contrapesos. Estou mais otimista, mas entendo o que você disse no que diz respeito a Jair Bolsonaro não fazer menção à cultura. As falas dele até agora foram muito poucas. Mas acredito que, ao se sentar na cadeira, se vencer as eleições, e tomar conhecimento do que é o MinC, das políticas, dos programas e das ações, vai reconhecer a importância da área”, disse Sá Leitão, contando que existem pessoas próximas ao candidato que tem buscado diálogo, como o empresário carioca Paulo Marinho e Flávio Bolsonaro, filho do presidenciável, com quem disse ter falado algumas vezes.