Com quase 100 anos, o terreiro é reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil
O terreiro de candomblé Tumba Junsara, que fica no bairro do Engenho Velho de Brotas, em Salvador, foi oficializado como Patrimônio Cultural Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O local tem quase 100 anos de resistência e representa o legado de religiões de matrizes africanas, como parte da preservação da cultura afro-brasileira, estando entre os mais antigos de tradição angola no Brasil.
Se acordo com o G1, terreiro foi fundado em 1919 pelos irmãos Manoel Rodrigues e Manoel Ciriaco, sendo iniciado em Santo Amaro, no recôncavo. Com o passar dos anos, ele foi trazido para Salvador e mudou de endereço algumas vezes até ser fixado no Engenho Velho de Brotas.
Segundo o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Bruno Tavares, o reconhecimento é importante pois traz um status de proteção ao local. “Não só proteção física do território, mas de permanência desse terreiro no local, e possibilita também investimentos do governo na salvaguarda e preservação desse bem”, afirmou.
Ainda segundo Bruno, o Tumba em destaque por ser um terreiro matriz, que deu origem a outros barracões. “le passa a ter uma posição de destaque à frente dos demais terreiros pelo fato dele ser matricial, que é um dos terreiros matriz, que gerou uma série de outros terreiros espalhados pelo país. Só aqui em Salvador são cadastrados mais de dois mil terreiros”, concluiu o superintendente.
O início da mobilização para o tombamento do terreiro começou há 14 anos. A vitória é celebrada pela mãe de santo Iraildes Maria da Cunha, guardiã das tradições do terreiro. “Para mim foi uma alegria, foi muita emoção. Graças a Deus conseguimos e os inquisses também deu um empurrãozinho para que isso viesse a acontecer”, disse ela.