Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

Com apoio dos Sangalos, Richard Bona se apresenta em Salvador e já quer casa na Bahia

Por Cláudia Cardozo

Com apoio dos Sangalos, Richard Bona se apresenta em Salvador e já quer casa na Bahia
Foto: Ângelo Rosário / Bahia Notícias

Trazer shows de artistas internacionais e de grande expressão para a Bahia é uma tarefa difícil. Apesar de Salvador ter se tornado rota de grandes turnês nos últimos anos, a formação de um público para um show segmentado poderia desanimar produtores que ousam pensar na possibilidade. Foi assim para a realização do show do jazzista Richard Bona na noite desta quarta-feira (19), em Salvador, no Teatro Castro Alves (TCA). O idealizador do evento, Gerson Silva, quase desistiu da ideia de trazer o amigo, artista nascido em Camarões, na África, para tocar na Bahia.

 

Antes da apresentação, Gerson, conhecido por ser guitarrista de Carlinhos Brown e também diretor da ONG Pracatum, contou que a vontade de trazer Richard Bona para tocar em palcos baianos surgiu há 12 anos, quando se conheceram em um festival na França. Quando iniciou a movimentação para produção local, diversos empecilhos apareceram, mas foi com o apoio dos Sangalos, mais especificamente de Cynthia Sangalo – a quem ele devotou sinceros agradecimentos – que a produção se tornou realidade. E, em poucos minutos de declarações, contou que Bona já quer comprar uma casa na Bahia e pretende trazer outros artistas de expressão para o estado.

 

Com um Fodera, considerado um dos melhores baixos do mundo, Bona subiu ao palco e deu início ali a um show que não deixou a desejar. Iniciou com uma de suas canções mais conhecidas, Kalabancoro, e terminou o show com Asa Branca, de Luiz Gonzaga, música esta considerada uma de suas favoritas. Em meio a slaps, espaços para jams e improvisações, Bona contou que já experimentou acarajé e pão de queijo, e que tem uma “sexy band” formada por integrantes do mundo todo: França, Cuba, Itália e do “país” Bahia. O percursionista baiano Gilmar Gomes tocou durante todo o show com a banda. No repertório, o camaronense ainda prestou homenagem ao seu ídolo do baixo: Jaco Pastorius e a banda Weather Report.

 

A plateia presente, que não chegou a lotar o TCA, era formada basicamente por músicos locais e de outros estados do nordeste. A maioria não queria perder a oportunidade de conhecer, ver de perto, um dos maiores baixistas da história, apontado como uma “lenda viva” do jazz. Há rumores de que Ivete Sangalo presenciava o artista no meio da plateia, tendo chegado já no apagar das luzes. A cantora Mariela Santiago também estava presente, e era possível escutá-la cantando discretamente junto com Bona a música “Tristeza não tem fim, felicidade sim”, de Tom Jobim.

 

O simpático Richard Bona, que interagiu bastante com a plateia, tem uma agenda cheia e uma história de sucesso. Ao fundir ritmos africanos com o jazz e a música cubana, Bona ganhou diversos prêmios de música. É vencedor de prêmios como o Melhor Artista Internacional de 2004 (Victoires du Jazz Awards) e Prêmio Antônio Carlos Jobim no Festival International de Jazz de Montreal, SACEM Jazz Award (Grand Prix Jazz Sacem – 2012). Além de ter sido indicado ao Grammy de “Melhor Álbum Contemporâneo World Music” em 2007.