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Após 22 anos de Jota Quest, Flausino admite: 'Brigamos todos os dias, mas fazemos as pazes'

Por Lara Teixeira

Após 22 anos de Jota Quest, Flausino admite: 'Brigamos todos os dias, mas fazemos as pazes'
Foto: Reprodução / Facebook

A banda Jota Quest irá apresentar o seu novo projeto “Acústico Jota Quest - Músicas Para Cantar Juntos” neste domingo (11), na Concha Acústica, em Salvador, às 19h. O vocalista da banda, Rogério Flausino, conversou com o Bahia Notícias sobre essa mudança do som pop rock para o acústico. “Gravar um acústico era um sonho antigo da banda, é a primeira vez que a gente se aventura nessa área. Com mais de 20 anos de Jota Quest encaminhado, a gente ainda não tinha feito. Só esse ineditismo já nos provocava uma vontade, então resolvemos fazer”. Rogério contou sobre como foi o processo de criação do novo álbum: “Foram sete meses de pré-produção, trabalho árduo de transformar as músicas. São 25 músicas no álbum, que também estamos tocando nos shows. Demorou um pouquinho, gravamos em São Paulo, foi lançado oficialmente em setembro e desde outubro estamos fazendo show por todo Brasil.” Sobre o resultado das novas versões das canções, o vocalista confessou que a banda se surpreendeu com algumas músicas, que ficaram melhores acompanhadas pelo violão do que a sua versão original: “Eu acho que 'Amor Maior' por exemplo ganhou um lance bem interessante, muito com os violões, uma coisa meio portuguesa, meio fado, e a gente não esperava. ‘Dias Melhores’ está com uma versão nova muito bonita, ‘Fácil’ sendo tocado com violão e gaita, está muito bonito. São coisas que a gente não imaginava que um dia fosse fazer e que estamos fazendo e está sendo muito legal. Várias versões estão nos surpreendendo”. 

 

Perguntado sobre a vontade do grupo de experimentar outros gêneros musicais, Rogério explica que mesmo eles sendo uma banda de pop rock, diversos estilos musicais influenciam suas músicas, como a black music, o soul, o disco, entre outras. “Eu acho que já temos uma gama enorme de gêneros musicais onde a gente pode mergulhar e beber dessas fontes todas. Mas precisamos deixar a porta sempre aberta, a música eletrônica, o hip hop, as batidas que nasceram nos últimos anos têm influenciado a música pop como um todo. A gente está ligado. Apesar de estarmos em um momento acústico, isso também nos agrada bastante”, revelou Flausino. Sabendo que outros estilos musicais, diferentes do pop rock, estão ganhando mais destaque hoje em dia, Rogério falou que ainda acredita no rock e que ele nunca irá desaparecer: “Eu acho que sumir jamais, o rock não vai acabar nunca. Ele nasceu, cresceu, deu fruto e vai continuar dando fruto. É uma escola mundial, é um jeito, um ‘lifestyle’. Eu acho que estamos vivendo [um momento] onde o rock não é o principal estilo, mas a gente tem uma legião de bandas novas tocando, criando, se desenvolvendo, e se fundindo com vários outros estilos musicais que estão aí. Eu acho que é uma fase de transição, e é muito bom que existam bandas clássicas, tradicionais, em atividade tanto no Brasil quanto fora dele, mostrando como é isso para as novas gerações que vão chegar. Em breve a gente vai viver um novo momento, eu não tenho a menor dúvida”.

Grupo surgiu em 1993, mas apenas em 1996 se tranformou em Jota Quest | Foto: Divulgação

O Jota Quest segue com a mesma formação de músicos há mais de 20 anos. Flausino contou que a banda tem brigas como qualquer relação, mas afirma que o grupo sempre pensa no coletivo antes do individual: “Briga acontece todos os dias, de 5 em 5 minutos e a gente faz as pazes em 5 minutos também. Não é fácil a convivência em grupo, todo mundo que tem realmente uma sociedade sabe disso, não é mistério, não é difícil de entender. E também acho que cada banda, cada relação e cada casamento tem a sua história, tem a sua dinâmica, não existe uma regra pra isso. Quem for estudar a história de uma banda vai ver todas as configurações possíveis: bandas que se separam jovens, mais velhas, que não se separaram, tiveram hiato e voltaram... não existe uma regra. Mas no caso do Jota Quest a gente está vivendo um momento muito bom da carreira, mas existe um ideal do grupo, um ideal de vida, que está conseguindo prevalecer ao ideal individual, pessoal. Enquanto existe isso a gente vai tocar esse barco juntos. Todo mundo sempre sonhou em fazer parte de uma banda, e é legal isso. E a gente está vivendo os nossos dias melhores com nosso acústico, estamos vivendo nossos 22 anos de sucesso da banda, com a mesma formação como você falou, então a gente tem que abraçar esse presente que a gente ganhou da vida, e de Deus, e tocar o barco”.

Foto: Divulgação

O vocalista falou ainda sobre a relação da banda com a Bahia: “A gente ama a Bahia e frequenta Salvador há mais de 20 anos. Passamos momentos incríveis da nossa carreira aqui, nos festivais de Salvador, que realmente são marcantes pra caramba, nossas passagens pelos carnavais... e eu acho que sempre fomos muito bem recebidos. E tem um carinho da galera daqui que é lindo. Por isso a gente está vindo com o maior prazer domingo.” Além disso, Flausino comentou sobre a expectativa de realizar a apresentação na Concha Acústica: “Tocar na Concha é um acontecimento e o acústico estava pedindo uma passagem especial por aqui. Escolhemos a concha acústica por vários motivos. Poucos lugares têm um teatro a céu aberto como esse, no centro da cidade, clássico. Todo mundo toca lá e foi recentemente restaurado e reformado, e estamos muito felizes de trazer isso para cá”.