
Crio porque creio,
ainda que seja em mim.
Crio é minha mente
no cio
querendo reproduzir.
A sede da arte me parte
Partitura, música, candura,
gritada, sussurrada, surtada,
nada velada,
querendo se exibir.
Centelha, criatura,
figura,
crio, retrato de mim mesmo
a esmo
que caminha com suas pernas
e parte.
Crio porque é arte
e merece ser livre.
****
Sou estranha.
Sonho com caligrafia,
adoro a textura do caderno
e o deslizar de um lápis
bem apontado.
Sou entranha.
estou sempre
do lado do avesso
e o barema dos meus órgãos
e segredos
é visto
nas letras das poesias.
****
Haja raça,
haja birra,
quando irascível mira
quem quer contrariar.
É zanga?
Resquício de mandinga?
Me diga!
Né não!
É só seu humor peculiar.
****
Erma como uma letra
no alfabeto
que não se sabe fundamental
à palavra.
Presa a um valete.
Paus e espadas
numa mão sem copas.
****
Tirei a fita do pote
e você expressou a agonia
e o medo que eu pudesse
te pedir de novo.
Já não era meu
Já queria fugir
Como se tudo fosse
engano,
como se estarmos juntos
não fosse parte de um plano
sonhado junto.
Eu, do meu lado humano
como um segredo que se desencripta
disse,
é pra pedir um novo trabalho,
amarra a fita.
Era pra acalmar seu medo
Pra dizer não tema
Não me tema
Não tema meu amor.
Depois da fita
(pra pedir um novo trabalho)
num ato falho
insisti por uma foto bonita.
Sua agonia tá lá escrita
no fundo do seus olhos...
veja bem...
Hoje, sem nenhum porém
sem nenhum emprego formal novo
o laço amanheceu desatado
as pernas da fita lado a lado
como se desfazendo um engano
Acho que pra me lembrar de um novo plano
Amarra um fita sozinha
Pede pra se achar de novo
Pede pra ver no amor um rosto novo
Pede pra se ver no espelho
Aproveita o que se partiu e o que se desfez
Que antes achou que era nó infinito
Deixa o dito pelo não dito
E caminha de uma vez
****
Umbigo lácteo, nosso astro rei
Solitário em sua imensidão, mas cheio como progenitor
Desfila como guia das vidas lácteas no céu
Orgulhoso de ser essencial provedor
Gigantesco, mas não se nega a começar pequeno
Deixar brilhar o molhado do sereno
Coroa no céu ao meio dia
E sem qualquer ego, saber que o enamorar
Está destinado às estrelas.
Às vezes, porém, cisma de ser testemunha
E se acende
Provoca febre
Cria a desculpa ideal de tirar a roupa
E a boca, sedenta
Pensa que não lhe serve mais a água,
só saliva, néctar de quem se ama
E o sol suspira no quase roçar dos lábios
se tomando por feliz testemunha.
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