
Meu relacionamento com a cachaça é embrionário, você não leu errado! Há mais de meio século, quando ainda estava sendo gerado por mainha, um de seus desejos era de tomar uma branquinha, algumas vezes vinho ou outra bebida que estivesse ao seu alcance (ela não era alcoólatra), era mais um daqueles desejos esquisitos de mulher grávida e provavelmente eu devesse estar adorando... Havia também o desejo de comer abará tá ai a explicação de eu ter uma paixão por esse quitute baiano.
Em dezembro de 1964 o mundo teve o prazer em me receber, uma criança um pouquinho diferente para os padrões, nasci com 60 cm e pesando 6 kg, de parto normal! (coitada de mainha...). Aos 6 meses após o meu nascimento, estávamos na casa de voinha (tenho muitas saudades dela...), ela era seguidora do candomblé e era uma festa de Marujo. Nas festas de Marujo o que é consumido em quantidade? Darei 3 alternativas; 1 Suco – 2 Refrigerante – 3 Bebida alcoólica... Acertou quem respondeu Álcool. Lá estava eu 6 meses de idade no colo de voinha, que estava incorporada com seu marujo, essa foi a minha iniciação aos sabores diferentes do leite materno e provavelmente eu devesse estar gostando da coisa e, minha mãe, desesperada no terreiro vendo aquela cena e sem poder nada fazer, ela sabia que eu não corria nenhum perigo naquele momento, sabia que estava sob a proteção de voinha e de seu guia. Pois bem, depois de alguns muitos goles, a festa acabou, e nem sequer bafinho de cachaça eu tinha, dormi feliz... Esse foi um relato de mainha que está viva e lúcida para confirmar o ocorrido.
Passaram-se os anos e eu sempre em contato com as bebidas, preferencialmente as destiladas como Vodkas e Conhaques como minhas prediletas, até que reapareceu a cachaça e foi como amor a primeira vista, eu não me contentava em só beber, queria saber mais e mais sobre o que era aquela bebida que me atraia pelo seu aroma, pelo sabor e pela versatilidade, conheci algumas pessoas que me serviram como referencias para meus estudos e pesquisas que são as bases do meu conhecimento sobre essa encantadora e mística bebida nascida em solo brasileiro, a cachaça.
Ela está quase sempre envolvida por mitos mas, verdade seja dita, quem nunca experimentou a “branquinha” não sabe o que está perdendo! Único destilado genuinamente brasileiro, a cachaça é uma bebida injustiçada. Ela é versátil, combina com tudo e pode ser apreciada por todos.
Só existem três motivos para quem considera impossível gostar da Cachaça.
• Preconceito
• Desconhecimento
• Experiência anterior ruim
Permita-se a quebrar a barreira de conceitos pré-concebidos por uma bebida destilada tal qual a Vodka, o Conhaque, whisky e Gin, só por ela ser “nacional”.
Conheça a verdadeira história dessa bebida que se confunde com a história do nosso país e do nosso povo, uma bebida que sofreu e ainda sofre muitas resistências e preconceitos.
Explore novos sabores, aromas e possibilidades que uma cachaça de qualidade pode te oferecer.
Permita-se entender que dentro de cada garrafa de cachaça tem algo muito além de uma Cachaça, tem uma obra de arte que exige muita dedicação, ciência, arte, paixão e sabedoria. Na fabricação da Cachaça Artesanal não entram elementos químicos, artificiais, agressivos, estranhos ao universo da cana de açúcar, que possam modificar os caminhos para um nascimento natural da cachaça.
Permita-me te apresentar boas Cachaças Artesanais, ensinando como degustar de forma correta o destilado, te orientar a iniciar no maravilhoso mundo da cachaça artesanal e reconhecer a qualidade do produto.
Permita-se permitir!
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