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Coluna

Doutor Pet: 10 passos para você aprender sobre a função renal em cães e gatos

Por Bruno Dantas - CRMV 4118

Doutor Pet: 10 passos para você aprender sobre a função renal em cães e gatos
Foto: Animal Clinic of North Topeka

O mês de março representa um período de conscientização às doenças renais em cães e gatos, uma oportunidade para marcar a importância de cultivar o cuidado durante toda a vida de animais domésticos.

 

Agenda de alerta, prevenção e tratamento contra patologias renais. Fruto da comunidade veterinária, em diferentes graus, elas afetam cerca de 60% da população de pets idosos, são doenças silenciosas, mas detectadas precocemente em exames clínicos realizados por veterinários. 

 

Continue a leitura e entenda em 10 passos as causas, sintomas, incidência e o que você, tutor, pode observar para cuidar e manter a qualidade de vida do seu pet.

 

Insuficiência crônica ou aguda 
Como em humanos, os rins são órgãos de importância vital para os bichinhos. Responsáveis por filtrar os resíduos do sangue, conservando o equilíbrio hídrico e mineral do corpo, também cuidam da capacidade de produção dos hormônios essenciais para manutenção da pressão arterial. 

 

No entanto, podem perder as funções ao longo dos anos devido a dificuldade de regeneração de algumas células. 

 

Em parte dos casos, a perda da função renal é considerada temporária, ou aguda, em outros, crônica. 

 

Podendo afetar um ou ambos os rins, porém, o diagnóstico precoce conta com os maiores aliados, os olhos de tutores que convivem diariamente observam atentamente o comportamento, e as mudanças, do seu amigo pet.  

 

São indispensáveis para apontar alterações indicativas de disfunções que possam minar a saúde do animal. Até porque os principais sintomas indicativos da doença surgem quando já houve cerca de 60 a 75% de comprometimento dos órgãos. 

 

Acompanhe abaixo, tutor, mais sobre as doenças, sinais e pontos destacados:

  • A perda progressiva da função é classificada como insuficiências crônicas, não tem cura e são associadas à idade avançada de cães e gatos. Essa característica já é indicativo considerado para buscas mais apuradas, nas visitas ao veterinário, por meio de exames clínicos. Controle com medicamentos, mudanças na dieta, estímulos de apetite e hidratação são importantes para prolongar a vida do seu amigo bichinho. 

 

  • Quando se apresentam de forma aguda, o veterinário de sua confiança precisa identificar a causa primária que desencadeou a afecção, que podem ser decorrentes de intoxicações, envenenamento, uso prolongado de remédios, é uma quadro reversível, após o tratamento extensivo. 

 

  • A causa em sua forma mais agressiva, a crônica, pode estar associada a ingestão de alimentos com alto índice de sódio e fósforo. Com o aval do seu veterinário de confiança, a substituição com alimentação específica, há diversas rações disponíveis no mercado, ou uma possível uma dieta caseira, natural, são indicadas para aliviar sintomas e colaborar com redução na progressão das doenças.  

 

  • Ainda que atentos, os tutores devem levar seu pet para visitas frequentes ao veterinário. Nas alterações congênitas, o tratamento é contínuo e está diretamente ligado à longevidade dos cães e gatos acometidos pela doença. Já de forma aguda, o tratamento é mais intensivo e podendo haver necessidade de sessões de hemodiálise.

 

  • Além do avanço da idade incutir mais chances de desenvolvimento de doenças renais,  existem raças mais suscetíveis à disfunção. Em cães, os Beagle, Bull Terrier, Chow Chow, Cocker, Dachshund, Lhasa Apso, Maltês, Pastor Alemão, Pinscher, Poodle, Shar Pei, Shih Tzu, Schnauzer. Nos gatos,  os das raças: Abissínio, Azul Russo, Maine Coon, Persa, Siamês. 

 

O remédio está na observação do tutor e na necessidade de realização de check-ups ao menos duas vezes por ano, o quanto antes for possível tratar. 

 

Alguns sintomas são comuns, mesmo que infelizmente eles apareçam quando a função renal está muito comprometida, é possível identificar quando o pet começa a beber água além da conta; está urinando excessivamente; urina sem cheiro e com muita transparência, essa é uma diferença de sintoma dos sintomas de disfunção renal em humanos; vômito; diarreia; diminuição do apetite e emagrecimento; hálito forte, cansaço e fraqueza.

 

A partir dos sete anos de idade são indicados consultas a cada seis meses.
 

  • Há incidência maior em gatos. Devido às características genéticas e de origem, os felinos são animais que se interessam pouco por beber água. Taí a importância da observação do tutor com de encontrar maneiras de estimular a hidratação do seu felino. 

 

  • Clinicamente a doença obedece a três estágios, 1 ao 4. O primeiro não apresenta sintomas claros, por isso reafirmamos a necessidade de atendimento especializado. Em muitos casos, o diagnóstico acontece durante tratamento para outras doenças.

 

  •  Se tratando de outras doenças, as insuficiências renais também podem desencadear hipertensão em cães e gatos. E via de mão dupla, o problema arterial pode ser a causa da perda de função real. 

 

  • O veterinário faz o diagnóstico diferencial e intervir com o tratamento adequado tanto para a doença renal crônica, que não tem cura, quanto para a insuficiência aguda. 
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Como dito anteriormente, os rins são órgãos vitais e suas disfunções podem levar cães e gatos a óbito. Por isso, tutor, fique alerta e leve seu pet ao veterinário com frequência.