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Uma paixão chamada Campus Party

Por Sócrates Santana

Uma paixão chamada Campus Party
Foto: Acervo pessoal

Uma primavera geek encobriu nos últimos dias a Cidade da Bahia. Pela segunda vez, arrisco dizer, mentes brilhantes de todos os cantos do estado, do país e do mundo compartilharam por quatro dias - non stop - suas vidas, crenças, descobertas e paixões. Todos dotados de uma incrível capacidade de moldar o mundo com o que há de melhor dentro deles: ideias. É a Campus Party Bahia, que aterrissou mais uma vez na Arena Fonte Nova.


Em 2017, a Campus Party mobilizou participantes e representantes de 8 países, 23 estados, totalizando 90 mil pessoas, incluindo 6 mil campuseiros, bem como, 300 profissionais de imprensa, influenciadores digitais, 53 comunidades da cultura geek, mais de 250 horas de conteúdo e 300 palestrantes de temas relacionados a inovação, comunicação, entretenimento digital, ciência e tecnologia. Em 2018, a experiência amadureceu, consolidou o público e registrou o manifesto de uma geração.

 

A experiência Campus Party é uma epópeia geek. Uma narrativa cheia de pessoas incríveis traduzidas por personagens de HQ,  livros, séries, filmes de ficção científica, onde histórias de amor são interrompidas por sacrifícios pessoais e heroicos. Ou como o enredo de Revenge of the Nerds (1984) profeticamente anunciou a maneira como esses jovens conquistariam mentes e corações. Lutaram contra as perseguições de uma sociedade imposta como modelo e desbravaram um “admirável mundo novo”.

 

E, a partir daqui, assumo também a minha condição geek. De quem resolveu narrar o seu caminho tendo uma regra fundamental: a liberdade. De quem defende o direito de todos executarem, copiarem, distribuírem, estudarem, modificarem e aperfeiçoarem a ordem global, subvertendo o establishment e criando um novo código fonte para o mundo. Uma geração, ecologicamente, consciente; socialmente, colaborativa; intelectualmente, compartilhada. Uma geração de quem encara o desafio de enfrentar o mundo como ele é e aceita a tarefa de transformá-lo em algo mais próximo de nossos ideais.

 

O futuro não chega pronto para nós. Nós o criamos. Existem problemas - grandes e pequenos - que precisam ser resolvidos, e não podemos esperar por outros para resolvê-los. O agora está em nossas mãos. Convido todos a defenderem este legado com a gente e estimularem outras pessoas a pensarem em suas esperanças e trazê-las para perto de nós. Neste sentido, desta vez, como gestor governamental, quero dizer o quanto a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado procura impregnar em suas práticas esses sentimentos. Buscamos criar relacionamentos como mandamentos básicos, pois, acreditamos que organizações realmente fortes são na verdade baseadas em valores. Isso é a Campus Party: um relacionamento sério entre o cérebro e o coração.

 

* Sócrates Santana é jornalista e gestor da Campus Party pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia

 

* Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias