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Carreiras UniFTC: O verdadeiro desafio do home office para as empresas

Por José Carlos Filho

Carreiras UniFTC: O verdadeiro desafio do home office para as empresas
Foto: Arquivo Pessoal

Desde a remota revolução industrial, os impactos das atividades laborativas na saúde dos trabalhadores vem sendo alvo de discussões técnico-científicas em prol da busca constante da maior produção com a menor perda possível.  Neste contexto, adventos cada vez mais sofisticados têm sido usados para substituir ou, apenas, suplantar as restrições físico-motoras e até mesmo cognitivas inerentes a todos nós. Assim, máquinas industriais de altíssima produção, supercomputadores e robôs com inteligência artificial vêm sendo inseridos dia a dia nos processos mais rotineiros que nos cercam.


Pelo século 21 e em meio às diversas transformações, estamos, todos, dentro de um novo cenário global e talvez, inexoravelmente inseridos em uma modalidade que, outrora, ainda se mostrava tímida, mas, hoje, posta de forma veemente e com tendências fortemente duradouras. Refiro-me ao HOME OFICCE.


Indiscutivelmente, são muitos os benefícios trazidos por esse novo modelo de trabalho, tanto para as empresas que conseguiram, com isso, reduzir substancialmente as suas estruturas físicas e demais custos acessórios, quanto para os funcionários, os quais, dentre outros vantagens, puderam desfrutar de um maior contato rotineiro com as suas respectivas famílias, ganhando, dentre outras coisas, qualidade de vida.


Não podemos, contudo, desconsiderar que dentro deste novo cenário existem alguns aspectos negativos, os quais precisam ser observados e geridos com responsabilidade. Nesse sentido, mostram-se alarmantes os dados estatísticos de trabalhadores que desenvolveram e vêm desenvolvendo doenças ocupacionais osteomusculares e psicossociais decorrentes do trabalho home office.  


O excesso de jornada de trabalho decorrente da falsa impressão de estar em casa e, portanto, sempre disponível, somado com a ausência de recursos ergonômicos (acessórios e mobiliários, por exemplo) capazes de adequar, antropocentricamente, os trabalhadores às suas especificidades físicas vêm, flagrantemente, os adoecendo, fazendo com que uma tendência inovadora se transforme em uma ferramenta de perdas.


Neste sentido, urge às empresas implementar políticas de saúde e segurança capazes de garantir a integridade física e psicossocial dos seus colaboradores e, com isso, contribuir para que dessa nova modalidade se extraiam, tão somente, os seus benefícios. 


Aos gestores, é imperativo que sejam capazes de compreender esse novo desafio e adequarem os seus processos para que os ganhos pontuais e imediatistas não lhe causem a falsa impressão de sucesso, pois quando pessoas adoecem pelo trabalho, todos perdem.

 

*José Carlos Filho é Engenheiro de Produção e Engenheiro de Segurança e Saúde da Rede UniFTC

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias