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Cuidar da mente de profissionais de saúde numa pandemia com alta taxa de letalidade

Por Joselma Seixas Silva Souza

Cuidar da mente de profissionais de saúde numa pandemia com alta taxa de letalidade
Foto: Acervo pessoal

O mundo enfrenta a maior emergência de saúde pública com a pandemia do novo coronavírus (COVID-19). Todos estão preocupados com a saúde física e  com o sofrimento psicológico que pode ser experimentado pela população. 

 

Os profissionais de saúde estão enfrentando vários estressores neste contexto da pandemia como: risco de ser infectado, adoecer e morrer; também a possibilidade de infectar pessoas da família, fadiga, sobrecarga; exposição  a  mortes  em  larga  escala;  frustração  por  não  conseguir  salvar  vidas apesar  dos esforços;  ameaças e  agressões  por  pessoas  que  buscam atendimento e não podem ser acolhidas pela limitação de recursos.

 

Os desafios enfrentados por esses profissionais podem ser um gatilho para o desencadeamento ou a intensificação de sintomas de ansiedade, depressão e estresse agudo.

 

O estresse agudo é uma reação do corpo a um momento ou fato estressante.

 

O Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) é uma morbidade relacionada a exposição direta ou indireta a eventos traumáticos como morte, lesões ou traumas graves. Os 20 sintomas típicos descritos no DSM-5, manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais da Associação Americana de Psiquiatria, publicado em 2013, são classificados de acordo com quatro dimensões: revivescência, esquiva, alterações negativas na cognição/humor e excitabilidade aumentada. Para o diagnóstico, é aconselhável perguntar sobre a duração dos sintomas (mínimo de 30 dias) e tentar identificar possíveis prejuízos no funcionamento psicossocial. 

 

A psicologia pode oferecer contribuições importantes aos profissionais de saúde no enfrentamento da COVID-19. Essas contribuições envolvem realização de intervenção psicológica para minimizar implicações negativas, estabilização pela redução ou eliminação da perturbação causada pelos componentes somatossensoriais da memória patogênica, além de promover redução da angústia e assegurar a qualidade das suas atividades laborais e sociais.

 

As intervenções psicológicas para quemestá na linha de frente podem ocorrer em plataformas online. É importante que essas intervenções sejam feitas precocemente.

 

Assim, serviços psicológicos realizados por meios de tecnologia da informação e da comunicação, incluindo internet e telefone, têm sido sugeridos por vários profissionais como a melhor forma de acolher e estabilizar esses profissionais.

             

*Joselma Seixas Silva Souza é psicóloga

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias