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Carreiras UniFTC: Lar Doce Escritório

Por Alessandra Calheira

Carreiras UniFTC: Lar Doce Escritório
Foto: Divulgação

Uma pergunta já virou clichê entre os moderadores de lives e entrevistas publicadas redes sociais afora nesta pandemia: como será o mundo pós Covid-19? Dependendo do participante, a resposta pode ser otimista, tratar de questões nacionalistas, consumo consciente, propósito espiritual ou sustentabilidade! Um tópico, entretanto, é praticamente unanime: a maior parte dos especialistas acredita que o Home Office ou Teletrabalho veio para ficar. Não é difícil entender o porquê. 


Ao ter que colocar um país quase todo compulsoriamente em quarentena, empresas e profissionais descobriram, num primeiro momento, uma série de benefícios relacionados ao trabalho remoto. Do ponto de vista organizacional, os mais visíveis são os que estão associados a redução de custos. Gerir presencialmente uma equipe enxuta diminui a necessidade de locação de grandes espaços, de investimentos com estrutura física, gastos com energia, segurança etc. Do ponto de vista dos profissionais, os aspectos positivos estão relacionados a liberdade de escolha de onde e quando trabalhar, a gestão do tempo e a flexibilidade para organizar uma rotina independente da de um escritório. O tempo e os custos com deslocamento, além dos investimentos pessoais relacionados a própria apresentação, talvez possam ser computados como ganhos também.


Depois de 3 meses, entretanto, as fragilidades do modelo também começam a aparecer e termos como “zoom fatigue” passam a ser popularizados e reconhecidos como verdadeiros. Para que as experiências de teletrabalho avancem de forma significativa, é necessário o amadurecimento das práticas nos diversos âmbitos. As empresas devem implantar mecanismos que visam integrar as equipes, promover a sinergia e troca de ideias entre os colaboradores. Devem ainda se preparar para solucionar eventuais limitações de conexão e ergonomia de seus times, por exemplo. 

 

Outro ponto importante diz respeito ao cumprimento da jornada. Da mesma forma que o funcionário precisa internalizar que o trabalho remoto não é ponto facultativo, os líderes precisam respeitar os limites pessoais de cada indivíduo. Uma vez que o modelo de comando e controle precisará ser substituído, esses profissionais precisam estar comprometidos com a entrega dos projetos e cumprimentos dos prazos. Fatores como esses precisam ter como fundamento uma eficiente gestão do tempo e o desenvolvimento das competências de autogestão e autorresponsabilidade. 


Além de servir a organizações e profissionais ajudando a remodelar modelos de negócios e aquecer novamente a economia, o trabalho remoto pode, a médio e longo prazo, colaborar com a reconfiguração das cidades, a diminuição do trânsito e consequente emissões de gases poluentes. Todos podemos empreender esforços para amadurecer esse novo modelo.

 

Independentemente do tipo de relação que as empresas mantenham com os seus profissionais, acredito que o êxito do teletrabalho dependa fundamentalmente da construção da confiança mútua, da empatia e do diálogo entre as partes. 

 

* Alessandra Calheira é Líder do Setor de Carreiras da Rede FTC
 
* Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias