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O centenário do Batalhão Pirajá

Por Nilton José Costa Ferreira

O centenário do Batalhão Pirajá

Ontem, 16 de janeiro de 2020, o 19º. Batalhão de Caçadores – Batalhão Pirajá completa um século de existência. Sua criação se deu em decorrência ao Decreto-Lei nº. 13.916, de 11/12/1919. São 100 anos a serviço da Pátria e, singularmente, contribuindo para o desenvolvimento social do povo da Bahia.


Seria muita presunção de minha parte, tentar descrever, em um simples artigo, a grandeza do Batalhão Pirajá nos diversos episódios cívicos, operacionais, humanitários, de defesa da Bahia e, obviamente da Nação Brasileira. Uma verdadeira epopeia de vitórias, as quais foram brilhantemente sintetizadas na célebre frase do marechal Alexandre Gomes de Argolo Ferrão, Visconde de Itaparica...”. Se for possível, está feito; se for impossível, vamos fazê-lo! ”.  Frase está que se tornou o lema do Batalhão dos Baianos.


Desta forma, gostaria de me ater a valorosa contribuição social do centenário Batalhão ao Território Baiano. Do urbanismo, ocasionando o surgimento e a consolidação do Bairro do Cabula e adjacências, Avenida Paralela, Avenida     Luís Eduardo Magalhães, a preservação do último manancial incólume de mata atlântica no seio da Cidade do Salvador.  Também sob o desconhecimento de muitos, lá está a famosa Represa do Cascão, que durante muitos anos abasteceu a capital com o seu manancial de água potável. Assim como a flora, a fauna local encontra-se totalmente preservada. Hoje, na atualidade, todos sabem da importância de preservação dos recursos naturais, más estamos falando não só de conceitos, e sim de ações empreendidas século atrás. Sem qualquer dúvida, o Batalhão Pirajá foi pioneiro na implantação e disseminação do conceito de Ecologia no Estado da Bahia. Não obstante tais contribuições, ressalto a da educação, princípios moraes, valores de cidadania e sentimento nativista, tão bem ministrados e difundidos aos milhares de cidadãos que um dia tiveram a honra de integrar o 19º. Batalhão de Caçadores – Batalhão Pirajá. Oriundos de todas as camadas sociais e dos diversos pontos do Estado, estes cidadãos, após formação básica, ao se despedirem do serviço ativo do Exército Brasileiro, destinaram seus aprendizados em processos de socialização de conhecimentos no seio familiar, nas comunidades e em todo o território. Hoje encontramos entre seus ex-integrantes, homens de bem, das mais variadas profissões. Do pedreiro ao Desembargador, do Jardineiro ao Médico, de Religiosos a Policiais, além de grandes educadores e servidores públicos. Do soldado conscrito que se tornou Coronel, ao filho do Sargento Mestre da Banda de Música que galgou o Posto de Oficial General, comandando a 6ª. Região Militar, entre outros grandes comandos. No seio da Sociedade Baiana e Brasileira, o Batalhão Pirajá sempre se fez representar por ex-integrantes, mais do que isto... reitero...homens de bem, não importando cargo ou função do ex-integrante, más, sobretudo, seu exemplo de cidadão forjado nos ares do 19º. BC. Sem dúvida alguma, uma grande ferramenta de mobilidade social no Estado da Bahia. Pois é.... nestes dias tão difíceis, exemplo de um centenário de valiosas contribuições devem ser lembrados, ressaltados e espelhados em prol de um Brasil melhor.


Parabéns ao 19º. Batalhão de Caçadores – Batalhão Pirajá, Batalhão dos Baianos.

 

* Nilton José Costa Ferreira é Mestre em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social

 

* Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias