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Os ainda bolsonaristas precisam cair na real

Por Cíntia Kelly

Os ainda bolsonaristas precisam cair na real
Foto: Divulgação

Tão claro quanto a luz do dia é a constatação de que vitória de muitos deputados federais do PSL aconteceu pelo grande puxador de voto que se configurou o presidente da República, Jair Bolsonaro.

 

Apesar de ser tão clara a constatação, os atuais deputados esquecem que não teriam força de assumir um assento na Câmara dos Deputados se não houvesse a mão do capitão reformado.

 

Desde a articulação para destituir o deputado Delegado Waldir (GO) da liderança do governo na Câmara para favorecer Eduardo Bolsonaro (SP), o que aconteceu na manhã desta segunda-feira, parte do PSL bradou e não quis se submeter aos caprichos do ‘filho do pai’.

 

Áudios vazados com conteúdo que deixaria a mais pervertida das criaturas de cabelo em pé,  troca de farpas entre Jair Bolsonaro e o presidente nacional da legenda, deputado federal Luciano Bivar (PE) são alguns ingredientes desse teatro de horrores. 

 

Mas, voltemos ao que quero falar neste texto. Um excesso de autoestima tomou conta de alguns neófitos na política, sobretudo que se inseriram na vida pública a partir do PSL. A exemplo do secretário municipal de Trabalho, Alberto Pimentel, cuja mulher é a deputada federal mais votada da Bahia, Professora Dayene Pimentel.

 

Diante da enxurrada de seguidores que o criticam por ter ficado do lado dos que não quiseram a unção de Eduardo Bolsonaro na liderança da Câmara, e após ser chamado de traidor, Pimentel usou suas redes sociais para falar que a vitória de Bolsonaro se deve, em parte, a seu trabalho árduo. 

 

Essa foi a senha para que internautas-bolsonaristas assacassem contra o secretário, bem naquela vibe de “acorde para Jesus, meu filho’. Na esteira, criticaram também Dayane Pimentel. Aliás, ambos vêm perdendo seguidores. 

 

Em poucas horas, entre o domingo e a segunda, a deputada perdeu 2.100 seguidores no Instagram. Ela, por estratégia, tem postado em seus stories fotos com pessoas apoiando sua postura e mandato. No entanto, as postagens são insuficientes para estancar a fuga de seguidores.

 

Em meio a tanta ‘balburdia’, sejamos sensatos. Não houve traição por parte dos deputados que não quiseram Eduardo Bolsonaro líder. Tampouco esses deputados se elegeram pela própria força. Pelo sim pelo não, a eleição de 2022 será a prova de fogo, sobretudo, para os neófitos que se elegeram na cauda do cometa Bolsonaro.

 

*Cíntia Kelly é jornalista e comentarista de política

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias