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Os desafios do turismo religioso na Bahia

Por Laerte do Vando

Os desafios do turismo religioso na Bahia
Foto: Divulgação

“Deixa ver, teus sobrados, igrejas, teus santos, ladeiras, e montes tal qual um postal. Dá licença de rezar pro Senhor do Bonfim, Salve! A Santa Bahia imortal, Bahia dos sonhos mil! Eu fico contente da vida em saber que Bahia é Brasil! Salve! A Santa Bahia imortal, Bahia dos sonhos mil!”. O trecho é da música “Bahia com H”, do saudoso João Gilberto, e evidencia os encantos da religiosidade da nossa terra.

 

Dona de belas praias, belezas naturais e cidades litorâneas, o estado chega a receber 6 milhões de turistas durante o verão, a estação mais quente do ano. Mas não é só as nossas praias que cativam os turistas; a Bahia passou a ser procurada para um roteiro que tem ganhado espaço: o turismo religioso.

 

De acordo a Secretaria de Turismo do Estado (Setur), esse tipo de turismo atrai para o nosso estado cerca de 6 bilhões no último verão. Alguns dos destinos mais procurados são as cidades de: Bom Jesus da Lapa, Candeias, Cachoeira, Monte Santo e Salvador, que ganhou mais um roteiro com a canonização de Irmã Dulce.

 

Apesar dos roteiros, cada vez mais procurados, precisamos preservar o patrimônio e o acervo que encantam os turistas para essas localidades. É preciso preservar os templos que fazem parte dessas rotas, reconhecendo o seu valor histórico, cultural e religioso.

 

O incêndio que atingiu há seis meses a Igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus, em Monte Santo, acendeu o alerta. O templo atrai romeiros dos quatro cantos do Brasil -especialmente da região Nordeste - para a tradicional Festa de Todos os Santos, principal evento religioso da cidade que acontece no dia 31 de outubro. Com a igreja desativada, os 100 mil visitantes, que vão ao município no dia da festa em busca de uma experiência de fé, só poderão contemplar a igreja do lado de fora.

 

Apesar de não fazer parte dos bens móveis inventariados pelo Instituto do Patrimônio, Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o templo está localizado no entorno do Santuário da Santa Cruz, tombado órgão como Conjunto Arquitetônico, Urbanístico, Natural e Paisagístico de Monte Santo desde 1983, o que permitiu que o órgão liberasse recursos na ordem de R$ 700 mil para a execução de obras emergenciais.

 

Não adianta divulgarmos o turismo religioso se não houver investimento no setor. A Igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus e os templos que fazem parte das rotas do turismo religioso precisam ser preservados, já que mantêm os aspectos religiosos da Bahia e aquecem a economia.

 

*Laerte do Vando é deputado estadual pelo PSC

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias