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A instituição Esporte Clube Vitória, o futebol, a torcida e as gestões

Por Paulo Cezar Duarte Ribeiro

A instituição Esporte Clube Vitória, o futebol, a torcida e as gestões

Ninguém é mais torcedor que o outro..., cada um tem a sua própria forma de torcer e amar o clube que escolheu para torcer, defender e lutar por vitórias.

 

Existem torcedores de todos os gêneros, raças, religiões e classes sociais, a instituição Esporte Clube Vitória é regida por um estatuto próprio, possui normas e regulamentos internos que devem ser respeitados e seguidos por todos que compõem esta instituição centenária formada por rubro negros exigentes!

 

Esta liberdade e democracia ocorridas nos tempos atuais, nos faz refletir sobre o carro chefe da instituição, o futebol!

 

A forma que as gestões atuam interferindo com repercussões positivas ou negativas nesta esfera tão complexa, sem dúvida alguma necessita de um olhar direcionado para a instituição e não apenas para as pessoas que já passaram por gestões anteriores, pois considero este o maior desafio para que o nosso ECV possa alcançar patamares dignos e orgulhem o torcedor rubro negro baiano de maneira geral. 

 

 A divergência interna historicamente sempre foi a principal dificuldade dentro da gestão e assim tem sido até os dias atuais se constituindo, portanto, nosso maior adversário (vaidades e interesses pessoais principalmente). Não fosse isso, e se o olhar fosse exclusivamente para a instituição, estaríamos ocupando um lugar bem melhor no cenário nacional em todos os sentidos.

A partir de 2017 passou a vigorar a eleição direta. A instituição pela primeira vez na história do clube teve escolhido o seu Presidente pela própria torcida e assim será para sempre. Amparada por previsão estatutária e sempre que o candidato preencher 18 meses de associação, a este está concedido o direito para concorrer à presidência do conselho diretor (Presidente), estabeleceu-se efetivamente a democracia. Assim como também a escolha dos conselheiros através de uma formação proporcional entre as chapas participantes durante o pleito.

 

CENTRO DE TREINAMENTO (CT)

Temos uma estrutura física invejável e pouco colhemos os frutos desta árvore tão bem plantada que é o centro de treinamento instalado em uma área bem planejada tanto no piso do estacionamento quanto no piso do campo do nosso estádio. São vários campos de futebol bem cuidados, e destinados a treinamento dos atletas da base, do futebol feminino e evidentemente do profissional, salas de musculação para atletas da base e para atletas do profissional, sala para tratamento de fisioterapia, fisiologia, nutricionistas, vestiários, no piso superior, encontra-se o refeitório para atletas e funcionários com todas as refeições balanceadas conforme prescrito por nutricionista. Enfim realmente invejável a estrutura interna do ECV.

 

Os atletas da base não são identificados da forma mais precisa,  intensa e continuada, carece de um planejamento seja integrado com o profissional, independente da gestão que esteja administrando o clube.

 

Toda gestão que assume interrompe o trabalho anterior o que compromete ainda mais o trabalho e o destino do clube, pois sem um planejamento continuado, jamais chegaremos a lugar algum ou com resultados significativos. A análise de rendimento e performance poderiam estar presentes com profissionais capacitados á altura do clube e efetivamente ajudando o clube a obter o retorno do investimento   destinado ao setor da base, alguns dos nossos atletas deixam o clube sem, contudo, serem devidamente avaliados e cuidados. Algum dia... poderemos ter esses frutos colhidos através de um planejamento com projeto sério e transparente.

 

Todos os anos assistimos a “caminhões” de jogadores são trocados antes das temporadas. Precisamos é de planejamento sério com projeto que edifique e ocupe o lugar do comercio sempre reiterado de atletas que vão e vem em um ritmo desenfreado de rescisões que só oneram e comprometem a própria instituição.

 

A IMPORTÂNCIA DO SÓCIO-TORCEDOR E A GESTÃO

O torcedor rubro negro precisa se associar. A assembleia geral dentro da hierarquia do clube é o órgão supremo e de maior representatividade devido a importância da sua composição, os sócios que pagam em dia mantêm a estabilidade dentro do clube e o seu destino. E assim é no mundo da bola, a torcida associada possui o poder maior, quem tem uma grande torcida com sócios contribuindo para manter os compromissos e definir os destinos da sua nação se mantém firme para cuidar e direcionar a instituição para dias melhores e com mais segurança.

 

Esta estabilidade previne principalmente o patrimônio material, evita-se até a venda do próprio patrimônio em situações de dificuldade para saldar dívidas oriundas de más gestões anteriores como já ocorreu com vários clubes de futebol.

 

Precisamos de gestores sérios que unam todos os setores do clube, o loteamento é nocivo sempre, precisamos de um gestor que tenha responsabilidade, um planejamento, um projeto para colocar em prática e não apenas para fazer marketing enganoso com o intuito de ser eleito, o que carece de previsão legal com punição com o intuito de coibir este tipo de atitude, o que ao nosso ver se configura em estelionato eleitoral.

 

*Paulo Cezar Duarte Ribeiro é advogado formado pela Ucsal, conselheiro do Esporte Clube Vitoria,  membro da comissão de ética, coordenador da COMFUT (comissão de futebol) no triênio de 2017 a 2019

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias