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O peso da bagagem!

Por Davidson Botelho

O peso da bagagem!
Foto: Divulgação

Umas das atividades econômicas que mais atraem curiosos em todo o mundo é a aviação. O fascinante mundo da aviação é atração em qualquer parte do mundo, mas é uma das atividades mais sensíveis.

 

A interdependência das mais variáveis situações faz com que essa atividade se torne muito sensível e sofra diariamente pressões que ela não tem nenhuma gestão sobre os problemas.

 

Variações cambiais, instabilidade no marcado do petróleo, epidemias, catástrofes naturais, relações internacionais entre nações, legislações distintas e falta de acordo entre os países são alguns dos desafios diários dessa atividade.

 

Tudo na aviação é mega, tudo tem uma escala muito grande. Daí a necessidade de existir uma política de controle de custos e riscos muito bem ajustada.

 

A polêmica atual no Brasil é a política da cobrança da bagagem. Essa prática já existe na Europa, Ásia e USA há muito tempo. Uma boa parte do custo dessa atividade é justamente o combustível e o consumo está diretamente atrelado a peso.

 

Os preços das passagens aéreas só cairão se houver escala e para ter escala precisamos ter demanda, economia aquecida que movimentará as viagens a negócios ou lazer. Existe um custo por hora de voo e a receita vem 75% das passagens e 25% da carga, bagagens e outras receitas. Caso a bagagem seja gratuita, esse valor será embutido na passagem, não tem mágica.

 

Agora, a maior importância dessa medida de cobrar a bagagem é justamente ter o nosso mercado alinhado com o que acontece no mundo. E isso é importante para atrairmos novas operadoras para o mercado doméstico, justamente agora que o Congresso aprovou a entrada de 100% de capital internacional nessa atividade.

 

Não vamos perder tempo discutindo a bagagem. Vamos discutir uma política ampla para o setor, desonerando fortemente essa atividade de fundamental importância para o desenvolvimento do país. Não podemos ser competitivos com 34% de carga tributária concorrendo com empresas americanas com 9% e europeias com 12%. Outro absurdo é essa política exagerada do ICMS no combustível da aviação praticado pelos estados e ninguém entende como voar para a Argentina é mais barato do que pra São Paulo.

 

Precisamos parar de esconder nossos verdadeiros problemas dentro das bagagens e acertarmos de vez esse setor de fundamental importância para nosso desenvolvimento.

 

*Davidson Botelho é empresário

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias