Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Artigo

Artigo

Unidos pela liberdade

Por Francisco Viana

Unidos pela liberdade
Foto: Acervo pessoal

A liberdade de imprensa é essencial para assegurar a liberdade. A frase é de John Adams,segundo presidente dos Estados Unidos (1797-1801), e foi citada, em editorial pelo jornal The Boston Globe, como parte de um movimento em prol da liberdade de imprensa que reúne mais de três centenas de jornais norte-americanos. 

 

Aderiram ao movimento, entre outros, além do The Globe, o prestigioso The New York Times, The Dallas Morning  News e o Arizona Daisy Star. O movimento, liderado pelo The Globe, agrega desde jornais de grande relevância na política nacional até títulos com tiragens de quatro mil exemplares.  O movimento busca mostrar aos leitores que a primeira emenda da Constituição americana, que garante a liberdade de imprensa,é intocável. Nasceu por força das declarações do presidente Donald Trump se que os jornais fazem fake news(notícias falsas)para atacar seu governo. 

 

O cuidado com a liberdade de imprensa é essencial. Nos Estados Unidos os vínculos considerados indissolúveis entre liberdade de imprensa e democracia são cultivados como se fossem cânones sagrados. Não são uma utopia extravagante. São uma realidade desde os idos dos pais fundadores da América, como Adams,e estão diretamente ligados às liberdades individuais e coletivas.  Mais do que um conceito é uma prática.

 

Não quer dizer que os jornais não errem , mas reza a pratica liberal que se existem erros precisam ser corrigidos.

 

É um princípio ético seguido em todo mundo onde há liberdade de imprensa e, consequentemente, liberdade de expressão. 

 

No Brasil, a ideia da liberdade de imprensa data da Constituição Federal promulgada em 1988, um ano antes das primeiras eleições presidenciais direta do ciclo pós-64. 

 

Como nos EUA, aqui a liberdade se confunde com a prática da democracia.  E é fato: sem liberdade de imprensa não há liberdade. Não por acaso foi a liberdade a base da Declaração dos Direitos doHomem e dos Cidadãos ,durante a Revolução Francesa,no século XVIII;do movimento pelos direitos civis nos EUA no alvorecer dos anos 60 do século passado;e  da democratização brasileira nos  anos 80, também no século passado. Acrescente-se a esta lista de acontecimentos históricos relevantes a queda do Muro de Berlim em 1989. Como bem poderia ter dito John Adams,a liberdade é a mãe de todas as liberdades.  Sem duvidas. 

 

* Francisco Viana é Jornalista e Doutor em Filosofia Política (PUC-SP)

 

* Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias