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Estudo aponta que as doenças venéreas levaram sociedade à monogamia

Estudo aponta que as doenças venéreas levaram sociedade à monogamia
Foto: Reprodução / Pixabay
As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) teriam sido as responsáveis pelo surgimento da monogamia em nossa sociedade. È o que aponta um estudo publicado na revista científica “Nature Communications”. De acordo com a pesquisa realizada pela Universidade de Waterloo, no Canadá, e pelo Instituto Max Planck para Antropologia Evolucionária, na Alemanha, a passagem de uma sociedade poligâmica para a monogâmica pode ter sido ocasionada pelo impacto das DST’s nas grandes comunidades que surgiram com o início da era agrícola. O estudo baseado em modelos matemáticos utilizou estes modelos de comunidade para analisar se infecções bacterianas sexualmente transmissíveis que podem causar infertilidade afetaram populações de tamanhos diferentes. Os resultados apontaram que os surtos de DSTs tinham menor duração em comunidades poligâmicas com até 30 pessoas. Isso permitia que a população logo se recuperasse e permanecesse como o modo de vida dominante, já que tinha um número maior de integrantes - em comparação com as tribos monogâmicas. Contudo, em sociedades poligâmicas com cerca de 3000 integrantes estas doenças se tornaram endêmicas. Esse efeito causava uma redução na taxa de fertilidade e, consequentemente, a redução no tamanho destas populações. Com o passar do tempo isso permitiu que as sociedades monogâmicas se tornassem predominantes. "Nosso estudo mostra que as DST’s se desenvolvem de forma diferente, dependendo do tamanho dos grupos humanos e se eles são monogâmicos ou poligâmicos. Este estudo mostra como os eventos naturais, tais como a propagação de doenças contagiosas, podem influenciar fortemente o desenvolvimento de normas sociais e julgamentos morais", concluiu o coautor da pesquisa, Chris Bauch, à agência de notícias francesa AFP.