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Homens superam constrangimento e lotam Curso de Aperfeiçoamento Sexual em Salvador

Por Matheus Caldas

Homens superam constrangimento e lotam Curso de Aperfeiçoamento Sexual em Salvador
Foto: Kleber Mascarenhas / Divulgação
A 1ª edição do Curso de Aperfeiçoamento Sexual para Homens aconteceu na última quarta-feira (25), na Associação Baiana de Medicina, em Salvador. Um dos auditórios do prédio recebeu o evento, que contou com a presença cerca de 60 homens, lotando o local, superando as expectativas dos organizadores do evento. O curso se iniciou com cada homem recebendo uma cartilha, explicando o passo a passo para uma boa relação sexual.  No entanto, o objetivo já se mostrava muito claro nas instruções. “O objetivo da apostila é guiar o aluno do I Curso de Sexo Oral para Homens da Bahia e fazê-los relembrar das técnicas conhecidas e aprendidas em sala de aula”
 
A palestra começou com Aline Castelo Branco, idealizadora do projeto e educadora sexual. “Por conta do machismo achei que esse curso não iria dar certo, mas eles gostaram tanto que pediram para ter uma segunda edição com um tempo maior. Eles ficaram atentos  aos ensinamentos, fizeram os exercícios, tiraram dúvidas, foi um encontro divertido e enriquecedor. Vejo que cada vez mais estamos rompendo a barreira social que impõe regras no ato sexual. Sexualidade como sempre digo é aprendida”, comentou Aline em um balanço do evento. Ela abriu o evento explicando os “pontos fracos” das mulheres e comentou sobre os principais erros que os homens cometem ao praticar o sexo oral na parceira. Ela classificou como errados os homens que dão a “Lambida de Vaca”, e as formas “Furadeira” e “Sugador”.
 
Após Aline, a médica e sexóloga Karla Kalil explicou as diferenças entre vulva, vagina e clitóris. Ela também exemplificou os diferentes orgasmos que a parceira pode ter. Para ela, não só os homens têm culpa por não saber os locais exatos para estimular o prazer. “A mulher foi educada para cobrir-se. Às vezes nem ela mesmo se conhece”, contou ao público. Nesse momento, os homens começaram a ter uma interação com os objetos. Algumas vaginas de silicone foram distribuídas, principalmente para ensinar a encontrar o ponto G feminino. “O ponto G é na parte inicial da vagina. Todos acham que é no final. Outro erro é achar que fazer rápido é a melhor forma. Neste caso, tem que ser um movimento mais lento, para estimular o local”. A médica ainda revelou que é importante beber bastante água para evitar o mau cheiro. “Quanto mais água, mais fluido fica o muco vaginal. Sem mau cheiro. Se você beber cerveja, ocorrerá o inverso. Só tem que ter cuidado pra não ficar com vontade fazer xixi”, brincou. 
 
O ápice da noite se deu com a entrada de Daniel Rabelo, convidado especial e autodenominado “especialista em chupar”. Ele foi o responsável pela parte prática do curso. O palestrante, que também é ator, já iniciou sua fala quebrando um mito. “O Kama sutra não fala sobre sexo oral na mulher”. Além disso, avisou também que é importante que todas as técnicas sejam utilizadas com uma parceira fixa, ‘principalmente por conta da proteção’. Para Daniel e Karla Kalil, uma das formas de proteção é a utilização de papel filme durante o sexo oral. 
 
O convidado explicou as técnicas de línguas, como a ‘ponta de faca’, por exemplo. Falou sobre a importância do ar quente para sensibilizar as regiões do corpo. Como iniciar pelo beijo no pescoço, passar pelos seios e chegar à vulva. Ele deu dicas importantes, em que muitos dos homens erram. “Colocar a ponta da língua dentro do ouvido da mulher não é agradável. Além de poder engolir um pouco de cera”, brincou. Além do ouvido, ele disse que uma zona pouco agradável para se colocar a língua é o umbigo, pela sujeira do local.

Após todas as explicações, veio a parte prática. Maçãs e mangas foram distribuídas ao público, para poderem aplicas as técnicas explicadas. O público demonstrava certo constragimento ao ter que movimentar a língua cada vez que Daniel pedia. Foi preciso aplicar as técnicas de respiração ensinadas pelo palestrante, junto às formas de 'chupar' sem salivar demais as frutas. A curiosidade ficou por conta da faixa etária. A grande maioria era de homens acima de 30 anos.