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Prática de yoga preserva área cerebral associada à memória

Prática de yoga preserva área cerebral associada à memória
Foto: Wikimedia Commons

A prática regular de yoga pode ajudar a preservar regiões cerebrais associadas a funções como atenção e memória de trabalho ao longo do processo natural de envelhecimento. A conclusão é de pesquisadores do Instituto do Cérebro do Hospital Israelita Albert Einstein, que analisaram o cérebro de 42 idosas. Todas tinham condições de saúde, idade e escolaridade semelhantes, mas apenas metade das voluntárias era adepta da prática. "Os exames mostraram que o córtex pré-frontal das mulheres que praticavam hatha-yoga há pelo menos oito anos era mais espesso quando comparado ao das não praticantes. Esse resultado sugere que o exercício tenha um papel de neuroproteção, retardando a degeneração cerebral que ocorre com a idade da mesma maneira que retarda a perda de massa muscular", afirmou Rui Afonso, primeiro autor do artigo, em entrevista à Agência Fapesp. "Nos baseamos em um trabalho anterior de uma das coautoras [Sara Lazar, da Harvard Medical School], segundo o qual pessoas que praticavam meditação há pelo menos 10 anos tinham regiões do cérebro – algumas áreas do córtex pré-frontal e da ínsula – mais espessas que a de não praticantes", acrescentou. Originário da Índia, o hatha-yoga é uma das técnicas de yoga mais disseminadas no ocidente. Envolve a prática de posturas físicas e também técnicas de respiração e contrações musculares voluntárias. Além de equilíbrio e força muscular, portanto, o exercício requer um esforço de atenção, concentração e até mesmo da chamada memória de trabalho – necessária para cumprir tarefas específicas, como a reprodução de algumas das centenas de asanas diferentes. "Existem diversos estudos comprovando os benefícios do yoga, principalmente em relação ao alongamento e ao equilíbrio, mas também à memória e à atenção. Nossos dados vão ao encontro dessas evidências da literatura científica", disse Kozasa. Os cientistas agora pretendem iniciar um novo estudo de longo prazo com voluntários que não praticaram yoga previamente.