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Marcelo Zollinger ressalta necessidade de políticas públicas para redução da obesidade

Marcelo Zollinger ressalta necessidade de políticas públicas para redução da obesidade
Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

O Hospital da Bahia recebeu recentemente dupla certificação internacional como Centro de Excelência em Cirurgia Bariátrica e Metabólica e do médico Marcelo Zollinger como cirurgião com excelência em Cirurgia Bariátrica e Metabólica, ambas certificações conferidas pela SurgicalReview Corporation. "A cirurgia bariátrica é um procedimento de altíssima responsabilidade, de altíssima complexidade. Nós trabalhamos com pacientes muito graves, obesos mórbidos, com todas as consequências da obesidade mórbida: hipertensos, diabéticos, com artrose hepática, apneia do sono, pessoas excluídas da sociedade e problemas sérios de auto estima. Isso faz com que o tratamento do paciente não seja absolutamente inerente à cirurgia, mas de uma forma universal. Os hospitais precisam dispor de ambiente propício, de equipamentos pertinentes e de equipes treinadas para se tornar um centro de excelência em uma cirurgia tão específica e complexa", afirmou Zollinger em entrevista ao Bahia Notícias. Dados do IBGE apontam que cerca de 50% da população da região Nordeste está acima do peso, ou seja, na faixa de sobrepeso e obesidade. A Bahia segue a média regional, apresentando índices próximos aos 50% destacados pelo instituto. Para o médico, a obesidade está diretamente relacionada à ausência de políticas públicas que ensinem às crianças a importância da alimentação, incluindo cuidados com a merenda escolar. "Países que não fazem isso têm crianças gordas que serão adultos gordos. A França é um exemplo que tem uma das melhores culinárias do mundo, mas tem um dos menores índices de obesos do mundo. Há políticas escolares que ensinam a comer para viver, não viver para comer", exemplificou. Zollinger pontuou ainda a importância da continuidade do tratamento após a cirurgia bariátrica, que deve ser a última opção. "O paciente obeso é muito complexo, precisa ser visto de forma global, universal e precisa ser visto sempre. Caso contrário, ele volta a ser gordo e não há uma segunda alternativa cirúrgica", ressaltou.