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Unicef lança campanha pela importância do trabalho de parto espontâneo

Unicef lança campanha pela importância do trabalho de parto espontâneo
Foto: Gadi Yampel / IDF

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou nesta quarta-feira (19) para a importância do trabalho de parto espontâneo para a saúde da mãe e do bebê, com o lançamento da campanha "Quem espera, espera". O objetivo do órgão é sensibilizar mulheres e suas famílias sobre o direito das crianças de nascer na hora certa e alerta que bebês nascidos antes do trabalho de parto espontâneo estão mais sujeitos a problemas de saúde. De acordo com a análise divulgada pela organização, cada semana a mais de gestação aumenta as chances de o bebê nascer saudável, mesmo quando não há mais risco de prematuridade. As últimas semanas de gestação permitem mais ganho de peso e maturidade cerebral e pulmonar. Segundo a Agência Brasil, a Unicef apontou que o grande número de nascimentos entre a 37ª e a 38ª semanas de gestação está associado ao elevado número de cesarianas eletivas, sem fatores de risco que justifiquem a cirurgia, realizadas antes do trabalho de parto espontâneo. Metade dos partos realizados no setor privado ocorrem nessa idade gestacional. "O trabalho de parto espontâneo é a única maneira 100% segura de saber que o bebê está pronto para nascer. Esse processo traz uma série de benefícios para a mãe e o bebê. Privá-los do trabalho de parto, por meio de cesarianas eletivas, pode gerar consequências negativas para a saúde de ambos", disse o representante do Unicef no Brasil, Gary Stahl, em nota. O elevado número de cesarianas coloca o Brasil em segundo lugar no mundo em percentual deste tipo de parto. Segundo o Unicef, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece em até 15% a proporção de partos por cesariana, no Brasil, o percentual chega a 57%. As cesarianas representam 40% dos partos realizados na rede pública de saúde e 84% dos partos na rede particular. Para o Unicef, o direito ao trabalho de parto espontâneo é um dos desafios atuais do Brasil. "Os direitos de cada criança começam – e devem ser garantidos – antes mesmo do nascimento. Para tanto, é fundamental que as mulheres tenham acesso ao pré-natal de qualidade e recebam todas as orientações para que seus filhos possam nascer no momento certo, de forma humanizada", diz o fundo.