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Polêmica entre governo e município sobre policlínicas em Salvador acende durante eleição

Por Tarsilla Alvarindo

Polêmica entre governo e município sobre policlínicas em Salvador acende durante eleição
Obras de policlínica em Jequié | Foto: Manu Dias/GOVBA
O sistema de Saúde de Salvador enfrenta diversos problemas, assim como muitos outros municípios Brasil a fora. E, em época de campanha eleitoral, sempre vêm à tona, queixas e diversas promessas na área. Candidata à prefeitura de Salvador, Alice Portugal, afirmou durante entrevista ao Bahia Notícias, que o governo do estado teria oferecido a construção de cinco policlínicas em Salvador e que o prefeito ACM Neto teria aceitado apenas duas. “O prefeito negou o que o governador ofereceu. Que são cinco policlínicas. Ele aceitou duas e não aceitou as demais. Eu vou aceitar as três policlínicas, que são para garantir o acesso a especialidades, a exames. Eu tenho um programa consistente em Saúde. Colocar o Conselho Municipal de Saúde para funcionar", declarou a candidata (lembre aqui). No entanto, a Secretaria Municipal de Saúde nega o ocorrido. Segundo o secretário municipal, José Antônio Rodrigues Alves, no ano de 2013, ainda no início da gestão do prefeito ACM Neto, a Sesab anunciou um programa de investimento na capital, onde seriam construídos 16 postos de saúde e 6 policlínicas. Na época o projeto teria sido apenas apresentado durante reunião, mas nenhum documento foi enviado a SMS, e com o passar do tempo, ainda sem execução, o escopo desse projeto foi diminuindo e mudaram para cinco postos de saúde e cinco policlínicas e que seriam necessárias mudanças do custeio dessas unidades. “Nos pediram a área para construir as policlínicas. Nós indicamos algumas e indicamos também áreas pertencentes ao estado que nós achávamos convenientes para construção dessas policlínicas. Em um determinado momento, já em 2015, eles [Sesab] nos procuraram e informaram que, ao contrário dos outros municípios, Salvador teria as policlínicas, mas não teria a direito a ajuda de custeio e eu me manifestei para que Salvador fosse tratado como os outros municípios”, conta Alves. Ainda de acordo com o secretário, o governo do estado mudou mais duas vezes a quantidade de policlínicas para Salvador. Com a justificativa de que seria necessário construir três policlínicas no interior do estado, em Alagoinhas, Feira de Santana e Santo Antônio de Jesus, mudou para apenas duas na capital e posteriormente retomou a proposta de construir cinco policlínicas. “Agora no mês de agosto recebemos um novo documento dizendo que serão construídas as cinco policlínicas. Que são muito bem-vindas. Agora, enquanto isso se arrasta, desde 2013 até agora, eles anunciando 5 ou 2 ou 5 de novo, nós aqui em Salvador construímos quatro policlínicas que são os multicentros que entregamos a população na Liberdade, Carlos Gomes, Vale das Pedrinhas e Amaralina. Enquanto isso eles definem afinal, quantas policlínicas eles vão fazer em Salvador”. O Bahia Notícias buscou contato com a Secretaria Estadual de Saúde que informou, através de nota, que serão investidos US$ 285 milhões no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) na Bahia. Desse montante US$ 200 milhões serão financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e US$ 85 milhões de contrapartida estadual. “Na capital, o BID analisa o projeto de implantação de duas policlínicas, uma Academia de Saúde, dois Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e seis Unidades Básicas de Saúde (UBS). Também estão previstas policlínicas em Alagoinhas, Simões Filho, Feira de Santana, Valença e Santo Antônio de Jesus”, diz nota.