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MP denuncia médico e atendente de mutirão de catarata que deixou pacientes cegos

MP denuncia médico e atendente de mutirão de catarata que deixou pacientes cegos
Foto: Dênio Simões/ GDF
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP), por meio da Promotoria de Justiça de São Bernardo do Campo, denunciou na última sexta-feira (8) o médico Paulo Barição e a atendente Verônica Maria da Conceição à Justiça, sob acusação de serem os responsáveis pelas lesões causadas a 20 pacientes durante um mutirão de catarata no município (veja aqui). Segundo a Agência Brasil, os profissionais foram denunciados com base nos artigos 129, Parágrafo 1º, Inciso III (debilidade permanente de sentido), por 12 vezes, e no mesmo artigo (perda de sentido) no Inciso IV (deformidade permanente) por oito vezes, combinados com o Artigo 61 (circunstâncias agravantes e por concorrerem para o crime) e pelo Artigo 71 (crime continuado). A denúncia da promotora Simone de Divitiis Perez aponta que 20 pacientes foram atendidos em um mutirão para operação de catarata depois de terem passado por consultas médicas e triagem prévia. Eles eram recepcionados no Hospital das Clínicas da cidade e encaminhados à sala de cirurgia. Na sala, a atendente Verônica Maria, que já havia esterilizado todo o campo cirúrgico, teria pingado os colírios para dilatação da pupila e preparado os pacientes para a cirurgia. Após as primeiras cirurgias, foi feito um intervalo para almoço. Ao retornar, teria sido feita somente a troca dos campos estéreis das mesas cirúrgicas e dos lençóis e uma troca de avental do médico. Porém, de acordo com o MP-SP, não foi feita a esterilização dos instrumentos para as sete cirurgias restantes. Nos dias após as cirurgias, os pacientes começaram a reclamar de fortes dores nos olhos e foram até o pronto-socorro. Eles foram atendidos pelo médico Paulo Barição, o mesmo que fez as cirurgias, e foi receitado aumento na dose do colírio. Dias depois, ao constatar-se a gravidade da situação, o médico teria começado a buscar ajuda de outros profissionais e teria contatado as vítimas para que fossem até o hospital. O advogado do médico Paulo Barição não atendeu às ligações da reportagem. A Agência Brasil não encontrou representantes da atendente Verônica Maria da Conceição.