Adiamento da gravidez quase dobrou número de parto de gêmeos nos últimos quarenta anos
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O número da taxa de natalidade de gêmeos quase dobrou nos países desenvolvidos nos últimos quarenta anos. Um estudo divulgado, na última segunda-feira (8), mostra que o aumento é devido ao adiamento da gravidez e da assistência médica à procriação. A informação preocupa já que esses bebês são mais frágeis e a gravidez tardia provoca risco.
"Revisamos todas as estatísticas vitais de países com quadros detalhados para os nascimentos distinguindo os nascimentos múltiplos: gêmeos, trigêmeos, etc. De 1970 a 2013, 2013 e 2014 segundo os países”, disse Gilles Pison, professor do Museu de História Nacional e pesquisador do Instituto Nacional de Estudos Demográficos (Ined) da França. O estudo foi publicado na revista "Population and Development Review".
Após 35 anos, as poliovulações são frequentes nas mulheres. Paralelamente, cada vez mais casais recorrem à assistência médica à procriação (AMP).
Pison e seus colegas holandeses Christiaan Monden (Universidade de Oxford) e Jeroen Smits (Nimègue, Holanda) constataram que o efeito da AMP é em média três vezes maior do que o do adiamento da maternidade neste "boom de gêmeos" na base de dados de 32 países, a maioria europeus mas também a Austrália, o Canadá, os Estados Unidos, a Nova Zelândia, etc.
"No entanto, esta média abrange uma grande diversidade de situações", ressaltou Pison. No Japão, o efeito da AMP é dez vezes mais importante do que a maternidade tardia. Na Polônia, onde a AMP é ainda pouco desenvolvido, a assistência interfere em apenas um terço dos nascimentos gemelares. Na Hungria e na Nova Zelândia, o efeito das maternidades tardias e da AMP são equivalentes.