Para ministro, são necessários pelo menos dois anos para conclusão de vacina contra dengue
Foto: José Cruz/ Agência Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, afirmou nesta segunda-feira (11) que a grande aposta contra o vírus Zika é o desenvolvimento de uma vacina. No entanto, reconheceu que a conclusão dos estudos sobre o imunizante deve demorar pelo menos dois anos. "Enquanto a vacina não vem, o importante é não deixar o mosquito [Aedes aegypti] nascer, porque quando ele nasce é um perigo ambulante", disse Castro. O ministro citou ainda, segundo a Agência Brasil, um modelo de combate ao Aedes aegypti usado no município de Água Branca, no Piauí, que, segundo ele, é "simples e eficiente". Os agentes de saúde da cidade saem de casa em casa procurando focos do mosquito e colam selos vermelhos nas portas das residências onde são encontrados criadouros. As casas livres de Aedes aegypti recebem um selo verde. "Aquilo fica exposto e todo mundo quer ter o selo verde. Foi uma mobilização muito grande na cidade e todo mundo fez o dever de casa para que, quando o agente voltasse, já tivesse tudo cumprido para receber o selo verde". Em 2015, o município piauiense registrou apenas quatro casos de dengue, enquanto todo o Piauí apresentou mais de 7,5 mil casos da doença. De acordo com Castro, a Sanofi Pasteur, fabricante da Dengvaxia – primeira vacina contra a dengue registrada no Brasil – estima que cada dose deverá custar cerca de 20 euros. Para a total proteção contra a doença, serão necessárias três doses do imunizante. O valor oficial será estipulado pela Câmara de Regulação de Mercado de Medicamentos e só depois disso a vacina poderá ser vendida no país.