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Apesar de emergência nacional, Bahia apresenta números normais de microcefalia

Por Renata Farias

Apesar de emergência nacional, Bahia apresenta números normais de microcefalia
Foto: Reprodução
O Ministério da Saúde declarou, na última quinta-feira (12), estado de emergência sanitária em todo o país devido ao significativo aumento de casos de microcefalia em Pernambuco. Entre 2010 e 2014, foi registrado uma média anual de nove casos. Apenas em 2015, o estado já registrou 141 casos em 55 cidades. Para alívio da população baiana, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) informou que o número de casos notificados na Bahia está dentro da normalidade. Do período de janeiro de 2010 a novembro de 2015 foram registrados 70 casos de bebês nascidos com a condição neurológica, 13 neste ano. Do total, o município com maior incidência é Salvador, com 20 casos. De acordo com o médico André Muniz, chefe do serviço de neurologia do Hospital da Bahia, a microcefalia se caracteriza por um perímetro da cabeça igual ou menor que 33 centímetros em bebês com nove meses de gestação. "Pode acontecer por fatores genéticos ou por fatores ambientais, a exemplo do uso de drogas, álcool, doenças infecciosas – como toxoplasmose, rubéola... – e alguns vírus", afirmou ao Bahia Notícias. Uma das suspeitas do atual surto de microcefalia é a contaminação das mães pelo zika vírus, que causou uma epidemia em Pernambuco, no início do ano, juntamente à dengue. Muniz explicou que o que pode ser feito é um bom acompanhamento pré-natal para diagnóstico e elaboração de um plano de tratamento do problema. "Através de ultrassom é possível identificar o problema na criança. No caso da macrocefalia, que geralmente é associada à hidrocefalia, é possível intervir com uma válvula no crânio da criança. Quanto à microcefalia, não há muito o que fazer". As crianças afetadas pelo problema podem apresentar déficits cognitivo, visual, auditivo e de desenvolvimento neuromotor. Ainda não foi comprovada a associação entre o zika vírus e o surto de microcefalia, mas o neurologista acredita que é preciso estar alerta para um possível aumento dos casos, já que a Bahia apresentou altos índices de incidência da chamada tríplice epidemia: 58.125 casos suspeitos de zika, 17.363 de chikungunya e 48.795 casos prováveis de dengue. Apesar de apresentar os dados, a Sesab negou a solicitação de uma fonte oficial para falar sobre o tema.