Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Saúde
Você está em:
/
/
Saúde

Notícia

Maconha tem efeitos terapêuticos limitados, revela estudo

Maconha tem efeitos terapêuticos limitados, revela estudo
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Um estudo publicado na última terça-feira (23) revelou que, dependendo dos sintomas, a eficácia terapêutica da maconha é limitada e até incerta. A conclusão surgiu depois da análise dos resultados de 79 testes clínicos, entre os 6.500 participantes do estudo, que sugeriram que o psicotrópico provoca uma melhora variável dos sintomas. Entretanto, não foi possível verificar isto através de estatísticas, de acordo com estimativas dos pesquisadores no Journal of American Medical Association (JAMA). Os especialistas descobriram que os canabinoides, substâncias que ativam receptores neurológicos canabinoides, podem ser benéficos para o tratamento de dores neuropáticas crônicas e espasmos musculares causados pela esclerose múltipla. Por outro lado, encontraram também fracas evidências da eficácia da maconha em promover melhoria para pacientes com câncer que sofrem de náuseas ou vômitos provocados pela quimioterapia, bem como os que sofrem de insônia ou síndrome de Tourette. Quanto à ansiedade e depressão, não houve evolução. As conclusões do estudo também revelam um aumento do risco de certos efeitos colaterais, alguns dos quais graves. Os mais comuns são tontura, boca seca, náuseas, fadiga, sonolência, euforia, vômitos, desorientação, perda de equilíbrio ou alucinações. Os peritos não encontraram nenhuma diferença clara sobre benefícios ou malefícios dependendo do tipo de canabinoide - existem cerca de 100 tipos na planta de cannabis - e seu modo de administração. De acordo com os autores, é necessário "realizar testes clínicos extensos para confirmar os efeitos dos canabinoides, assim como pesquisas adicionais para avaliar a própria planta cannabis, uma vez que há poucos dados científicos para descrever seus efeitos". Nos Estados Unidos, 23 estados, além de Washington, capital federal, já legalizaram o uso medicinal da maconha. Já no Uruguai, a produção e venda da cannabis é regulada pelo Estado.