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Gene associado à doença de Stephen Hawking é identificado; entenda a ELA

Por Renata Farias

Gene associado à doença de Stephen Hawking é identificado; entenda a ELA
Foto: AP
Após a grande repercussão do filme "A Teoria de Tudo", vencedor do Oscar de melhor ator que conta a história de Stephen Hawking, um dos cientistas mais famosos do mundo, a esclerose lateral amiotrófica (ELA) passou a chamar atenção de mais pessoas leigas. Recentemente, uma equipe formada por pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Columbia (CUMC), da Biogen Idec e do Instituto HudsonAlpha de Biotecnologia descobriu um gene, chamado de TBK1 (TANK-Binding Kinase 1), que desempenha um papel de destaque em processos celulares que implicam na doença. De acordo com André Matta, professor de neurologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), no Rio de Janeiro, especula-se que a doença tenha diferentes causas, e uma delas é uma anormalidade genética. "Foi feita uma análise genética com um grupo grande de pacientes. Descobriu-se que uma parte dos pacientes tinha alteração nesse gene. Quando se tem o gene que está associado à doença, é possível começar a trabalhar em pesquisas para corrigir o efeito e medicamentos que podem minimizar os problemas, porque já se sabe onde está a raiz. Esse gene não é responsável por todos os casos, mas já é um avanço", explicou ao Bahia Notícias. A ELA é uma doença degenerativa que causa perda de força muscular, câimbra, dificuldade de movimentação, deglutição e também afeta a respiração. Normalmente, segundo Matta, a doença atinge pessoas acima dos 60 anos, mas há raros casos de pessoas mais jovens com a enfermidade, como foi o caso de Hawking. O físico foi diagnosticado aos 21 anos de idade e também foi uma exceção com relação ao tempo de vida após a detecção da ELA. Ele completou 73 anos neste ano, enquanto a expectativa de vida após o diagnostico é normalmente de dois a cinco anos. "Como não existe uma única causa, existem possivelmente alguns genes e situações distintas que levam à mesma doença. Dependendo da causa e do suporte a que ele tem acesso, o paciente pode viver mais. É um tratamento multidisciplinar. São necessários  muitos equipamentos e especialistas para o tratamento", afirmou. O mais importante, quando é percebido algum sintoma da doença, é não entrar em pânico e procurar um neurologista que realizará diferentes exames que auxiliem no diagnóstico.