Sêmen com Aids pode funcionar como barreira temporária contra HIV, aponta pesquisa

Partículas defeituosas do HIV têm sido estudadas na tentativa de encontrar uma forma de reduzir o risco de adquirir Aids. O cientista argentino Edmund Kraiselburd é responsável por uma pesquisa em Porto Rico que tem esse objetivo. Apesar de comprovar que as partículas defeituosas não têm o poder de produzir defesas imunes necessárias para proteger contra a doença, o cientista descobriu que "o sêmen de alguma maneira inibiu a infecção". A pesquisa foi iniciada quando descobriram um grupo de prostitutas do Quênia que não se infectavam com HIV, mesmo ao manter relações sexuais sem proteção. No entanto, os pesquisadores perceberam que mulheres que se afastavam do ofício por cerca de dois meses se infectavam com o vírus. "Hoje sabemos que a resistência à infecção não está relacionada diretamente a fatores genéticos. A ideia que sustentamos é que essas mulheres tinham que ter um estímulo constante do sêmen dos clientes que as protegia de maneira transitória contra o vírus", explicou Kraiselburd à Agência Efe. Ele acredita que "deve haver substâncias no sêmen de algumas pessoas que podem inibir temporariamente a infecção". É possível que, a partir dessa descoberta, uma possível vacina contra HIV seja pensada.