Salvador registra aumento de 20% nos casos de hanseníase

Os casos de hanseníase tiveram um crescimento de 20% em Salvador. Entre janeiro e dezembro de 2014 foram registrados 340 casos contra 273 em 2013. Segundo Ênio Soares, subcoordenador da Vigilância Epidemiológica do município, o crescimento do número de casos é atribuído a intensificação das ações para busca ativa de novos casos. "O crescimento de notificações da patologia não quer dizer que tivemos maior incidência de hanseníase na cidade. Nos últimos dois anos, Salvador avançou consideravelmente no setor de atenção básica e mais pessoas tiveram acesso aos postos de saúde, fato que contribuiu para a identificação de novos acometidos. Também intensificamos as campanhas de conscientização e sensibilização por se tratar de uma doença bastante estigmatizada, e o resultado foi que mais pacientes nos procuraram para realizar o tratamento adequado", esclareceu o subcoordenador. Para combater a doença e levar mais informações a fim de identificar outros casos desconhecidos, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) deu início nesta segunda-feira (27) e vai até a próxima sexta-feira a semana de Mobilização para o Controle da Hanseníase. A mobilização acontece na semana em que se celebra o dia mundial em alusão a doença, 28 de janeiro. Serão realizadas atividades educativas em diversas unidades de saúde do município e o Elevador Lacerda será iluminado com a cor verde.  A hanseníase é popularmente conhecida como lepra. Trata-se de uma doença infecciosa, crônica que ataca principalmente a pele e os nervos periféricos. Para detectar a doença é preciso observar manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo e áreas da pele que não coçam; mas, que causam a sensação de formigamento e ficam dormentes, com diminuição ou ausência de dor, da sensibilidade ao calor, ao frio e ao toque.