Doença inflamatória pélvica pode causar infertilidade em mulheres
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Uma em cada quatro mulheres com doença inflamatória pélvica (DIP) acaba tendo sequelas em longo prazo. A infertilidade é uma delas – podendo afetar até 60% das pacientes depois de um episódio. Apesar de estar associada com doenças sexualmente transmissíveis, a DIP é resultante de um processo polimicrobiano. Ou seja: inúmeros micro-organismos podem estar envolvidos e o uso de preservativo representa uma importante barreira contra eles. “Com diagnóstico difícil, o sintoma mais comum da DIP é dor abdominal baixa. Mas também pode haver dor durante o ato sexual, dor lombar, febre, calafrios, náuseas, além de corrimento, coceira, sangramento e odor. Em contrapartida, há mulheres que não apresentam nenhum desses sintomas clássicos”, diz Iaconelli. Bem documentada por vários estudos feitos na Suécia, a relação entre a doença inflamatória pélvica e a infertilidade alertam para a necessidade de maior prevenção. Pacientes com danos leves têm 3% de chance de se tornarem inférteis. Danos moderados elevam essa taxa para 13%. “Além do histórico de doenças inflamatórias prévias, outros fatores de risco predispõem a paciente a novos episódios, como a existência de múltiplos parceiros sexuais (mais de dois num período de 30 dias), infecção por organismo sexualmente transmissível e praticar sexo sem uso de preservativo (anticoncepcional sem barreira)”, afirma o especialista. Assumpto Iaconelli Junior revela que o atendimento às adolescentes que já manifestaram doença inflamatória pélvica deve ser programado em intervalos mais curtos.