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Falta de pagamento e situação precária levam médicos do Hospital Espanhol a deflagrar greve

Por Joaquim Castro

Falta de pagamento e situação precária levam médicos do Hospital Espanhol a deflagrar greve
Foto: Reprodução
Os médicos do Hospital Espanhol iniciaram uma paralisação, por tempo indeterminado, na manhã desta sexta-feira (15). Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed-BA), Francisco Magalhães, a decisão foi tomada como último recurso, pois os médicos já não estão mais com esperança de que haja uma solução do problema. “O hospital vem há algum tempo passando por problemas sérios. De dois anos pra cá, a categoria fez paralisações de setores específicos, mas agora a greve é geral”, explicou. Francisco destacou que os motivos que levaram para a decisão de greve geral foram a falta de condições de trabalho e o atraso no pagamento de salário. “O hospital não pagou na data prevista os salários dos médicos no mês de maio. Após um acordo, ficou determinado que eles iriam ressarcir os salários em pagamento dividido em três parcelas, porém, não cumpriram o pagamento da última”, explicou. Francisco revelou que a entidade fez um empréstimo, recentemente, com a Caixa Econômica Federal e a Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desembahia), no valor de R$ 110 milhões, para resolver esses problemas, mas a situação continua. “Faltam medicamentos, material para fazer curativo e até papel higiênico, no hospital. Para se ter uma ideia de quão precária estão as condições, a última refeição para quem estava na unidade, antes da greve, foi arroz com ovos”, revelou. O presidente do sindicato destacou que um dos fatores que mais dificultam a resolução dos problemas entre o hospital e a categoria é o conflito de comando que existe entre a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia e a Real Sociedade Espanhola, que administram o hospital. A situação, segundo Magalhães, é tão grave que ele indica que a população não procure atendimento na unidade. “Devido a situação do hospital, paralisar as atividades é uma bem feitoria que os médicos fazem para a população, pelos riscos à saúde. Os pacientes que ainda estão nas unidades do hospital serão, em breve, relocados”, concluiu.