Novos testes tentam diagnosticar câncer de forma não invasiva

Em casos de câncer ou suspeitas da doença, a biópsia é um procedimento incômodo e arriscado, mas necessário. Mas um simples exame de sangue pode ser uma alternativa para o diagnóstico. A “biópsia líquida”, como é conhecida, se propõe a identificar traços reveladores da presença do tumor no sangue – células intactas ou fragmentos de DNA tumoral estão presentes em quantidades minúsculas.
 

A utilidade do procedimento ainda precisa ser comprovada, mas seus defensores dizem que, por ele não ser invasivo, pode ser repetido para monitorar o avanço da doença e permitir ajustes no tratamento. "A possibilidade de fazer exames de modo serial é uma vantagem enorme", comentou a oncologista Pamela Munster, da Universidade da Califórnia em San Francisco. "Não podemos fazer biópsias seriais do fígado de um paciente."
 

A alternativa permite ainda, em alguns casos, a identificação da efetividade de um tratamento. Com isso, uma terapia ineficaz poderia ser suspensa antes. "Às vezes é possível identificar um tratamento, às vezes não", disse Massimo Cristofanilli, do centro de tratamento de câncer de mama da Universidade Thomas Jefferson, em Filadélfia, que cuida do caso de Lewis. "Mesmo assim, é um progresso em relação a avançar às cegas”, defende. O maior impacto virá se os exames de sangue puderem detectar câncer em pessoas aparentemente saudáveis, numa fase em que o câncer ainda é curável. Informações da Folha de S. Paulo.