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Viver Bem: Pregorexia - transtorno alimentar na gravidez afeta a saúde de mães e bebês

Viver Bem: Pregorexia - transtorno alimentar na gravidez afeta a saúde de mães e bebês
Foto: Reprodução / Grávidas Online

Há alguns anos, a geração saúde vem mudando os hábitos dos brasileiros. A preocupação com a alimentação balanceada e com a prática de atividades físicas tem sido cada vez mais frequente entre jovens e adultos. E isso é um grande avanço, já que uma população jovem ativa é premissa para idosos mais saudáveis. Mesmo com tantos pontos positivos, o culto ao corpo pode se transformar em doença como é o caso dos transtornos alimentares. Em gestantes, esses distúrbios são ainda mais perigosos. Derivado da anorexia, o transtorno que acomete exclusivamente mulheres grávidas é conhecido como pregorexia. 


De acordo com Sarah Lopes, psicóloga do Hapvida, a pregorexia é um transtorno alimentar provocado pelo desejo de manter-se magra ou não ganhar muito peso durante a gestação, evitando ingestão de alimentos calóricos ou tentando eliminá-los do corpo. “As causas são praticamente as mesmas de todo transtorno alimentar, estão diretamente ligadas à manutenção do corpo e da estética, sem se importar com as consequências dessas atitudes. Geralmente, a pregorexia se desenvolverá em mães que já possuem um histórico alimentar precário, ou seja, já houve histórico bulímico ou anoréxico”, analisa.  


Os sintomas estão ligados a uma descompensação entre alimentação balanceada e atividades físicas. Por isso, o tratamento psicoterápico e o auxílio de uma nutricionista ajudam no controle da doença ajudando a mulher com a aceitação das transformações do corpo durante o período gestacional.  “Sabemos que atualmente as pessoas estão cada vez mais procurando estar com o corpo bonito, bem definido e alimentação equilibrada, o que de fato é excelente. O problema é quando sai da medida e o foco passa a ser a beleza física e não a saúde da mamãe e do bebê”, explica Sarah.


O termo “comer por dois”, às vezes, faz um pouco de sentido. Para Sarah, os efeitos são realmente graves. “A mãe é o suporte alimentar do feto. Quando ela não se alimenta de forma adequada, seja na quantidade ou até mesmo na qualidade, acaba prejudicando o desenvolvimento e o feto tende a uma má formação. Isso pode ocasionar problemas físicos e neurológicos. No momento do parto também podem ocorrer algumas complicações”, adverte.  


A perda de peso nos primeiros meses de gestação é comum em decorrência dos enjoos peculiares deste período. Sobre a prática de atividade física, Sarah alerta: “Após o primeiro trimestre da gestação, em comum acordo com seu ginecologista/obstetra, é necessário uma avaliação e recomendação do exercício que está de acordo com a sua condição. Se você já é atleta e possui bom condicionamento físico, pode dar continuidade à atividade com as recomendações de seu médico. A alimentação também deve ganhar uma atenção especial para que não haja um ganho excessivo de peso. Outro alerta é para as restrições alimentares, a mãe é responsável por passar os nutrientes necessários ao feto. O ganho de peso deve estar entre 9 e, no máximo, 12 quilos”, enfatiza.