Coluna Vida Saudável: Aparelho que 'turbina' cérebro com choques: Sim ou não?

Juliana Feroldi escreve sua coluna para o BN às quartas-feiras

Que tal pensar mais rápido e ter maior capacidade de atenção? Existem equipamentos disponíveis hoje no mercado prometendo serem capazes de fazer exatamente isso. São eletrodos que emitem choques em regiões do cérebro, ativando-o e gerando um maior índice de aprendizado.

 

Estudos confirmam a eficácia dessa técnica de estímulo cerebral, no entanto, especialistas alertam para os perigos dos equipamentos, que ainda não são regulamentados por autoridades de saúde. Afirmam que a técnica pode oferecer riscos quando feita sem orientação médica.

 

Apesar dos riscos, já é possível encontrar aparelhos destinados ao público sendo comercializados livremente na internet. O prometido entusiasmo incondicional à nova técnica levou neurocientistas a expressarem sua preocupação, pedindo cautela no uso dos aparelhos. Entre os possíveis problemas, estão ataques epilépticos e mudanças bruscas de humor.

 

A maior preocupação está relacionada com os adolescentes e na possibilidade de desenvolverem os seus próprios aparelhos de estímulo cerebral e que venham utilizar em dosagem mais alta do que um cientista ou médico recomendaria.

 

Como os fabricantes do equipamento não classificam o aparelho de estímulo cerebral como tratamento médico, eles ficam isentos de se submeter a regulamentações por parte das autoridades.

 

Cientistas não defendem a proibição do uso dos equipamentos, mas gostariam que os consumidores tivessem informações suficientes para avaliar os riscos do uso.