Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Saúde
Você está em:
/
/

Artigo

O charme e a relevância estratégica dos "introvertidos" no mercado de trabalho

Por Ana Paula Teixeira

O charme e a relevância estratégica dos "introvertidos" no mercado de trabalho
Foto: Arquivo Pessoal

Uma entrevista para um processo seletivo, visando uma vaga de emprego, por ser uma tarefa extremamente desafiadora para pessoas mais reservadas. Quem consegue vencer o medo e conquista o posto almejado, ainda precisa enfrentar situações que podem ser vistas como barreiras, por muitas, como expressar ideias em público. O que poucos empregadores não sabem é que as pessoas introvertidas podem ser capazes de “revolucionar o mundo” em razão da sua profunda vida interior, característica de seu traço, aliada a alta sensibilidade para com detalhes e estímulos, quietude, processo cerebral mais profundo e resposta emocional empática – sendo assim grandes estrategistas.

 

Cabe aos empregadores, portanto, saberem discernir e extrair as características e potencialidades dos seus colaboradores. Isto porque, enquanto os extrovertidos conseguem expressar seus pensamentos e sentimentos falando, e com boa oratória, os introvertidos optarão por outros canais de comunicação, como é o caso da escrita. 

 

Em uma sociedade que glamouriza extravagância, exibicionismo, exposição e que pode confundir bom desempenho com extroversão e expressão verbal (embora a oratória e performance de palco, sempre que necessários, sejam importantes e pontos de desenvolvimento para os dois perfis), o introvertido pode acreditar ou se deparar em situações onde seu valor pode não ser devidamente reconhecido, muitas vezes ofuscado, mesmo que grande parte dos resultados sejam por eles gerados.

 

Por isso, é muito importante que nos diversos grupos que pertencem sejam eles: família, amigos, comunidades religiosas, não organizacionais, trabalho, possamos entender que a diversidade também passa por essas sutis (ou gritantes) diferenças entendendo que o reconhecimento não está vinculado também a extroversão (a exceção para cargos específicos, como por exemplo, vendas) mas, sim, do que se produz, de como o processo ocorre e qual impacto tem gerado sobre a vida, serviços e cuidado no mundo.

 

Vamos saber um pouco mais a respeito das diferenças entre os introvertidos e extrovertidos?

Vejam, os introvertidos focam sua força para o interior; são excelentes ouvintes; pensam mais do que falam; precisam de tempo sozinhos; analisam os fatos e situações antes de tomarem decisões; podem ser gênios criativos e podem ter dificuldade em trabalhar em ambientes abertos.

 

Já os extrovertidos, focam sua força para o exterior, sendo influenciados pelo ambiente externo. São energizados quando estão com outras pessoas; sentem-se confortáveis em ser centro da conversa; possuem ótimas habilidades para conversar e negociar; são atentos e responsivos aos estímulos concomitantes; aprofundam-se em problemas e tarefas. Eles, também conseguem trabalhar em ambientes abertos e, para colaboradores mais passivos, são os líderes extrovertidos são essenciais. 

 

A interação entre introvertidos e extrovertidos, por possuírem interesses diferentes, exige habilidade e esforço de ambas as partes para que possa ser produtiva. E você, se identifica com quais desses traços? Não há nenhum melhor que o outro. No ambiente competitivo de trabalho, saiba analisar e compreender o seu perfil, extraia o melhor dele sem se deixar ser intimidado!

 

*Ana Paula Teixeira é médica do trabalho

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias