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Verão: Região da cabeça e pescoço é a mais acometida pelo câncer de pele

Por Marcus Borba

Verão: Região da cabeça e pescoço é a mais acometida pelo câncer de pele
Foto: Divulgação
Verão é tempo de aproveitar o calor e o Sol em atividades ao ar livre, na praia, nos parques, e também de usar roupas com mangas curtas, bermudas, saias. Sentimos o calor na pele, e o uso de protetor solar é um aliado de nossa saúde, principalmente para proteger de queimaduras como do câncer de pele. O que muita gente não sabe é que a região da cabeça e pescoço é a mais exposta aos raios solares e, justamente por isso, a parte do corpo mais acometida pelo câncer de pele.

Dentre os principais tipos de Câncer de pele, o carcinoma basocelular é o mais comum e que normalmente aparece nas partes do corpo que ficam mais expostas ao sol, como a cabeça e o pescoço. Este tipo de câncer de pele normalmente não se espalha para outras partes do corpo. O carcinoma espinocelular é o segundo tipo mais comum, aparece na pele severamente danificada pelo sol e pode se espalhar para outras partes do corpo. Já o melanoma, uma das formas mais agressivas de câncer, pode se espalhar para outras partes do corpo. Apesar de perigoso, quando detectado e tratado precocemente, tem uma alta taxa de cura.

As pessoas devem ficar atentas às manifestações mais comuns, como lesões pruriginosas, de bordas irregulares, aspecto perolado, episódios de sangramentos e difícil cicatrização. Em caso de perceber alguns destes sintomas, é fundamental buscar um médico para que investigue a natureza das lesões e a eventual malignidade. Opasso mais importante para tratar e sobreviver ao câncer de pele é a detecção precoce.

Nossa orientação, como médicos, é que as pessoas evitem a exposição excessiva ao sol e que protejam a pele dos efeitos da radiação UV, pois estas são as melhores ações para se prevenir contra o câncer de pele. Outro ponto importante de destacar é que a exposição à radiação ultravioleta (UV) tem efeito cumulativo, ou seja, a falta de proteção solar na infância pode gerar consequências depois dos 40 anos, por exemplo.  

Ninguém deve deixar de nadar, praticar esportes ao ar livre ou se divertir por causa do verão, mas adotar medidas preventivas: aplicar protetor solar quando sair de casa, reaplicar aproximadamente a cada duas horas, ou após nadar ou suar. Use um largo espectro (pelo menos FPS 30), protetor solar resistente à água e que proteja a pele contra os raios UVA e UVB. Passe o protetor nas áreas descobertas e não se esqueça do topo dos pés, pescoço, orelhas e couro cabeludo, caso seja careca. Evite se expor ao sol entre 10h e 16h, intervalo em que os raios do sol são mais fortes. Caso não seja possível, procure ficar na sombra e proteja-se com roupas com proteção UV, chapéu e óculos escuros.


* Dr. Marcus Borba é especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço, professor adjunto da Faculdade de Medicina da UFBA e líder da especialidade de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Português.