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A importância da pesquisa clínica

A importância da pesquisa clínica
Você sabe o que há em comum entre um perfume, o câncer, um alimento, a Aids, lentes de contato, cosméticos,  próteses, um novo método de ensino ou um remédio?  A pesquisa. Sim, é isso mesmo, para tudo o que se destina ao uso de seres humanos é imprescindível que sejam feitas pesquisas de qualquer natureza em qualquer área do conhecimento, cuja aceitação não esteja ainda consagrada na literatura científica. Pesquisa, ensaio ou estudo clínico são as várias denominações utilizadas para designar todo processo de investigação científica envolvendo seres humanos. Como resultado desse processo, os investigadores clínicos poderão alcançar novo conhecimento científico acerca de medicamentos, procedimentos ou métodos de abordagem de problemas que afetam a saúde do ser humano.
 
Infelizmente, há uma desinformação generalizada sobre o que é, para que serve,  riscos, benefícios, deveres e direitos dos pesquisados.  Outro problema é a incapacidade e imperícia profissional, formação inadequada e inaptidão de muitos pesquisadores, o que compromete sobremaneira o resultado de pesquisas clínicas, sejam em animais ou humanos. Não estamos afirmando que são todos, porém é preciso profissionalizar o segmento. A qualidade de muitos dos Centros de Pesquisa brasileiros, de algumas indústrias ou ainda das chamadas Organizações Representativas de Pesquisa Clínica (ORPCs) ou CRO (em inglês) ainda não é a ideal, nem atingiu a qualidade e os princípios éticos de excelência.
 
Além  de  cumprir  as  exigências  do  Ministério  da  Saúde  e  da  Anvisa  (Agência  Nacional  de  Vigilância  Sanitária),  a  execução  de  uma  pesquisa  com seres humanos  deve  transcorrer  dentro  dos  padrões  Bioéticos  e  normas  técnicas.  O respeito devido à dignidade humana exige que toda pesquisa se processe após consentimento livre e esclarecido dos voluntários,  que por si ou seus representantes legais manifestem sua anuência à participação. 
 
Entretanto, é preciso estar consciente de que todo estudo envolve riscos e que um eventual dano pode ser imediato ou tardio, comprometendo ou não o indivíduo ou a coletividade. Mesmo em se considerando riscos potenciais, as pesquisas são necessárias e admissíveis quando podem gerar  conhecimentos, prevenir, diagnosticar ou tratar de problemas que afetem o bem-estar, a saúde e a qualidade de vida do ser humano, ou cujo risco se justifique pela relevância do benefício almejado. Os  aspectos  éticos  e  legais da pesquisa  clínica  devem ser rigorosamente seguidos e observados. Engana-se, portanto  quem pensa que somente os animais correm riscos, quando participam de estudos científicos. Lamentavelmente, por absoluto desconhecimento, ilogismo ou interesse, a população leiga é induzida ao erro emocional, às reações exacerbadas ou até ao surto coletivo.
 
 
Só para esclarecer, a recomendação para o uso de qualquer medicamento provém de pesquisa clínica e possui um médico como responsável.  As informações indicadas em uma bula de remédio decorrem  também de pesquisas clínicas realizadas durante mais de 10 anos. A população leiga precisa tomar conhecimento sobre a importância do trabalho de pesquisa e dos voluntários à pesquisa clínica, que são monitorados o tempo todo e precisam estar compromissadas com todas as etapas, exigências e obrigações da pesquisa, bem como terem consciência do processo a que serão submetidos.