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Adoçante sucralose pode liberar compostos tóxicos se aquecido, aponta pesquisa

Adoçante sucralose pode liberar compostos tóxicos se aquecido, aponta pesquisa
Foto: Shutterstock
Um estudo desenvolvido na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) revelou que o adoçante artificial mais consumido no mundo, sucralose,  pode se tornar instável e liberar compostos potencialmente tóxicos ao ser aquecido a 98ºC. "Trabalhos anteriores haviam mostrado que a sucralose se degrada em altas temperaturas – não usuais no dia a dia. Porém, observamos que isso também ocorre a 98 ºC, calor facilmente atingível durante o preparo de alimentos. Foi uma surpresa", afirmou Rodrigo Ramos Catharino, professor na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) e coordenador do Laboratório Innovare de Biomarcadores da Unicamp, em entrevista à Agência Fapesp. De acordo com os pesquisadores, quando aquecida em banho-maria por cerca de dois minutos, a sucralose libera compostos organoclorados tanto no gás proveniente da fervura como na fase sólida, ou seja, no caramelo que se formou após a fusão da substância. Essa classe de compostos é considerada potencialmente tóxica e tem efeito cumulativo no organismo. As análises foram feitas com auxílio de técnicas como termogravimetria, espectrometria de massas e espectroscopia no infravermelho. "No gás, observamos a presença de ácido clorídrico, que pode ser irritante se inalado. Na fase sólida, encontramos hidrocarbonetos policíclicos aromáticos clorados (HPACs), uma classe de substâncias recentemente descoberta, sobre a qual se sabe muito pouco”, disse Catharino. Segundo o pesquisador, o efeito mutagênico e carcinogênico de compostos correlatos aos HPACs, como os HPAs (hidrocarbonetos policíclicos aromáticos), já está bem estabelecido na literatura científica. Na próxima etapa da pesquisa, o grupo pretende testar o efeito do caramelo formado pela fusão da sucralose em culturas de células humanas e em experimentos com camundongos.