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‘Produtividade’ varia até 24 vezes entre vereadores que deixam Câmara em 2015

Por Rebeca Menezes

‘Produtividade’ varia até 24 vezes entre vereadores que deixam Câmara em 2015
Marcell apresentou 351 projetos | Foto: Betto Jr./ Ag. Haack/ Bahia Notícias
Em dois anos de trabalho na Câmara Municipal de Salvador, os vereadores eleitos deputados em 2014 tiveram “produtividades” bem distintas na Casa. Marcell Moraes (PV), por exemplo, apresentou durante seu curto mandato 351 projetos – número superior à soma do que foi apresentado pelos outros cinco edis que mudarão de cargo em 2015: 232 (66% do total do verde). Contudo, isso não garante que todas as propostas sejam as mais prioritárias para a cidade. Entre os textos apresentados por Marcell estão, entre outros, a proibição da existência de gorilas no zoológico soteropolitano – justificado porque “os gorilas somos nós em evolução” – e a “Segunda Sem Carne”, que vedaria restaurantes, lanchonetes e afins de comercializar ou disponibilizar alimentos com carnes e derivados. Em contrapartida, o vereador Alan Castro (PTN) apresentou, nos dois primeiros anos de seu segundo mandato, apenas 13 projetos (24 vezes menos do que Moraes). Um deles, de abril de 2013, dispõe sobre a proibição de instituições públicas municipais de receberem patrocínio de indústrias de bebidas alcoólicas – ironicamente, menos de um ano depois, a prefeitura fez uma parceria com duas grandes cervejarias, que conseguiram exclusividade na venda de bebidas nos circuitos do carnaval.


Alan Castro teve menor produção entre eleitos | Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias

Única a migrar para a Câmara de Brasília depois de 3 mandatos e meio no legislativo de Salvador, Tia Eron (PRB) foi a segunda em produtividade entre os novos eleitos, com 99 projetos que versavam sobre temas diversos como a instituição da Semana Municipal de Combate ao Câncer de Mama e a criação da campanha de educação no trânsito “Pé na Faixa”. Fabíola Mansur (PSB) fica em terceiro lugar, com 71 propostas principalmente voltadas para o público LGBT, como o uso compartilhado por mulheres e transexuais dos sanitários femininos. O Soldado Prisco (PSDB) vem logo após. Eleito vereador depois da greve da Polícia Militar de 2012, e alçado à Assembleia Legislativa após liderar o movimento paredista deste ano, Prisco levou à Casa 28 textos – como considerar de utilidade pública municipal a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado de Bahia (Aspra), da qual era presidente. Por fim, o médico David Rios (PROS) ficou em quinto, com 21 projetos. Entre as sugestões feitas aos edis, está a obrigatoriedade da instalação de aparelho desfibrilador externo automático (DEA) em todos os ônibus e vans utilizados como transporte coletivo.