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Dados do site Transparência Bahia apontam que a conta da concessionária TWB, responsável pelo sistema ferry-boat até setembro de 2012, movimentou R$ 8,5 milhões sete meses após a intervenção do governo do estado. No período entre 19 de setembro de 2012, quando o interventor assumiu a gestão do sistema, e 13 de março de 2013, quando a caducidade do contrato entre o governo e a TWB foi finalmente oficializada, coube ao então secretário de Infraestrutura, Otto Alencar (PSD), listar irregularidades e débitos da concessionária: R$ 6 milhões, referentes a multas, R$ 560 mil de taxas de fiscalização, R$ 1,5 milhões de indenização por conta do naufrágio de uma balsa, além de receitas acessórias, que ainda estariam sendo calculadas pela Agerba. Apesar das dívidas, em 24 de abril de 2013, o Transparência Bahia apresenta uma transferência de R$ 8,5 milhões sob a rubrica “transferência de recursos para TWB em intervenção e conformidade com o Decreto 14.135/1 e proc. 4823/13”. Questionada pelo Bahia Notícias, a Secretaria de Infraestrutura justifica a transferência póstuma à implantação do Fiplan, sigla do sistema de contabilidade estadual. “Neste período de 2013, primeiros meses do ano, estava sendo implantado o FIPLAN, sistema de contabilidade do governo, então todos os pagamentos efetuados neste período foram feitos por oficio. Este, no valor R$ 8,5 milhões, número 4890/13 (conforme anexo), tem por data 12/03/13, ou seja, antes do fim da intervenção. Todos os pagamentos efetuados por ofício foram regularizados no sistema posteriormente. O valor referido foi utilizado para indenização dos trabalhadores demitidos no período de intervenção e despesas trabalhistas em geral”, afirmou a pasta, por meio de nota, encaminhando ainda cópia do ofício assinado pelo ex-titular da secretaria, Otto Alencar.
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