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Para protestar, adultos marcam ‘rolezinho das antigas’ ao som de É O Tchan no Shopping Barra

Por Carol Prado

Para protestar, adultos marcam ‘rolezinho das antigas’ ao som de É O Tchan no Shopping Barra
Foto: Divulgação
O fenômeno dos “rolezinhos”, que tem tirado o sossego de consumidores e dividido opiniões em São Paulo, há algum tempo dá sinais de manifestação, em menores proporções, no Shopping Iguatemi, em Salvador. Agora, um grupo organizado no Facebook quer levar o movimento para o Shopping Barra, estabelecimento interessado principalmente no público de classes A e B, como forma de protesto à repressão policial sofrida por jovens moradores de periferias durante os encontros nos centros de compras da capital paulista. Na rede social, o evento denominado “rolezinho das antigas” convoca pessoas mais velhas a “não permitirem que atos segregacionistas tornem-se cotidianos” e fixa a data da grande reunião no local para o dia 1º de fevereiro. Criada no último domingo (12), com cerca de 2,2 mil convidados, a página tinha 120 presenças confirmadas até as 17h desta terça-feira (14). Segundo o bancário Álvaro Ibirá Guassu, de 36 anos, principal organizador da ação, em vez do tradicional “funk ostentação”, marca dos participantes dos rolezinhos em São Paulo, a trilha sonora do encontro no Barra será composta por clássicos da baianíssima banda É o Tchan. “O estado de São Paulo permitiu que, durante vários e vários dias, as ruas, os pontos de ônibus, os próprios ônibus e as estações de metrô fossem destruídos por manifestantes que nem sabiam direito contra o que protestavam e o que reivindicavam. Hoje, ele é tempestivo em deter os jovens da periferia que só querem dar um rolê”, reclama Guassu, através de sua conta no Facebook, ao se referir às manifestações de massa ocorridas em junho e julho de 2013 no Brasil. Em entrevista ao Bahia Notícias, ele explicou que o principal objetivo do evento em Salvador é mostrar que, mesmo não enquadradas no arquétipo do “rolezista”, muitas pessoas “estão indignadas com a violação dos direitos básicos que os jovens têm sofrido de maneira sistemática no país atualmente”. De acordo com o bancário, a escolha do local para sediar a reunião se deu pelo "caráter segregacionista" do bairro onde está localizado o shopping. Contatado pelo BN, o centro de compras baiano, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que não acredita na formação de arruaças no lugar, já que "seus frequentadores são extremamente educados", e, por conta disso, não planeja ações de retaliação.