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Ex-diretor da Siemens aponta caixa 2 de PSDB e DEM e cita propina a deputados

Por Fernando Gallo, Ricardo Chapola e Fausto Macedo | Agência Estado

Ex-diretor da Siemens aponta caixa 2 de PSDB e DEM e cita propina a deputados
Foto: Reprodução
Em relatório entregue em abril ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer afirma dispor de "documentos que provam a existência de um forte esquema de corrupção no Estado de São Paulo durante os governos [Mário] Covas, [Geraldo] Alckmin e [José] Serra, e que tinha como objetivo principal o abastecimento do caixa 2 do PSDB e do DEM". O ex-executivo denuncia que o hoje secretário da Casa Civil do governo Alckmin (PSDB), deputado licenciado Edson Aparecido (PSDB), foi apontado pelo lobista Arthur Teixeira como recebedor de propina das multinacionais suspeitas de participar do cartel dos trens em São Paulo entre os anos de 1998 e 2008. Rheinheimer também cita o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), aliado tucano, como outro beneficiário. O documento oficial faz referência a supostas propinas pagas a políticos ligados a governos tucanos, com envolvimento de ex-diretores de estatais como a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). As denúncias foram enviadas pelo Cade à Polícia Federal e anexadas ao inquérito que investiga o cartel em São Paulo e no Distrito Federal. No texto, Rheinheimer diz que o cartel "é um esquema de corrupção de grandes proporções, porque envolve as maiores empresas multinacionais do ramo ferroviário como Alstom, Bombardier, Siemens e Caterpillar e os governos do Estado de São Paulo e do Distrito Federal". Outros quatro políticos são citados pelo ex-diretor da Siemens como "envolvidos com a Procint", empresa do lobista Arthur Teixeira suspeita de intermediar propina a agentes públicos: o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) e os secretários estaduais José Aníbal (Energia), Jurandir Fernandes (Transportes Metropolitanos) e Rodrigo Garcia (Desenvolvimento Econômico).