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Direita e esquerda são derrotadas por 'insatisfeitos' na Câmara

Por Rodrigo Aguiar

Direita e esquerda são derrotadas por 'insatisfeitos' na Câmara
Fotos: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
Um comentário correu a Câmara de Salvador após a tentativa frustrada de votar nesta quarta-feira (9) um projeto do Executivo Municipal que concede dois incentivos ao grupo CCR para a implementação do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas: a liberação do pagamento do ISS durante as obras e uma redução da alíquota a 2% na fase de operação do modal. Entre os principais acionistas do grupo, estão as empresas Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, que fizeram parte do consórcio pela construção da linha 1. Apesar do desejo da prefeitura e do governo em aprovar a matéria o quanto antes, um grupo de vereadores “resistentes” evitou a apreciação da proposta. “Quando direita e esquerda se unem, quais são os interesses que impedem a aprovação de um projeto?” foi o questionamento repetido por muitos, em tom de provocação. O tom das conversas também foi dominado pelo debate sobre quem foi o grande “derrotado” do dia: o prefeito ACM Neto ou o governador Jaques Wagner. As opiniões variavam de acordo com o nível de proximidade dos vereadores em relação aos gestores. Parte dos edis apontou a ausência da bancada do PTN – maior partido da base, com cinco integrantes – ou da vereadora Cátia Rodrigues (Pros), mulher do pastor Luciano – filiado recentemente ao DEM – para sinalizar uma fragilidade na base do democrata.

Outros vereadores, porém, defenderam que o grande “rejeitado” foi Wagner. Para isso, apontaram os casos de vereadores que costumam votar com o prefeito, como é o caso de Odiosvaldo Vigas (PDT), Isnard Araújo (PR), Tia Eron e Luiz Carlos – ambos do PRB. Por tal linha de raciocínio, tais vereadores, ao se posicionarem contrários à votação do projeto, teriam como objetivo expor insatisfações de seus partidos com a gestão estadual. O presidente municipal do PRB, Sidelvan Nóbrega, esteve inclusive na Casa e chegou a entrar na sala onde se reuniram os “insatisfeitos”. Questionado pela reportagem sobre a visita à Casa, o deputado estadual negou qualquer influência sobre o posicionamento dos correligionários. “Não tem nada disso. Vim falar com Paulo Câmara; um assunto pessoal. Só opino na Assembleia”, jurou. Apesar disso, Sidelvan não garantiu prontamente apoio à mesma iniciativa na AL-BA, que deverá ser votada nesta quinta (10). “Ainda haverá reunião de líderes”, resumiu.