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Ana Rita deixa o PV para não ser contaminada por 'mentiras' de Marcell: ‘É um estelionatário eleitoral'

Por Sandro Freitas

Ana Rita deixa o PV para não ser contaminada por 'mentiras' de Marcell: ‘É um estelionatário eleitoral'
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
O racha interno no Partido Verde, marcado por um embate na Câmara Municipal de Salvador entre os vereadores Marcell Moraes e Ana Rita Tavares, chegou ao fim. O jeito encontrado pela verdista foi deixar a legenda e ingressar no Partido Republicano da Ordem Social (Pros). A ficha de filiação foi assinada nesta sexta-feira (4) e na segunda-feira (7) a sigla realiza uma cerimônia de adesão da nova integrante. Em entrevista ao Bahia Notícias, Ana Rita Tavares relatou o que “todos já sabem”, que deixou o PV para não ser contaminada pelas ações de Marcell, classificado por ela como um “estelionatário eleitoral”. “Quem empunha uma bandeira que não é a sua está mentindo, é um estelionatário eleitoral”, disparou. “Todos têm direito de abraçar uma causa, mas quem quer abraçar uma causa que não tem vivência, história, conhecimento e propriedade, põe em risco à integridade do movimento. Todos viram o que vinha acontecendo com relação ao mandato de Marcell e isso respingava em mim, pois ele estava dentro do partido e tinha gente que achava que eu tinha vinculação com ele. Moralmente era uma dificuldade muito grande”, completou a nova filiada do Pros. Ana Rita ainda ressaltou que foi eleita por ONGs que representam a causa animal, concedendo a Marcell outra alcunha, a de “oportunista”. Questionada se a suposta proximidade de Marcell com o prefeito ACM Neto (DEM) pode ter ajudado na decisão da legenda de beneficiar o verdista em detrimento dela, Ana Rita colocou em xeque a relação entre o legislador e o prefeito. “Isso é o que ele dizia. Ele aspiava palavras que o prefeito não dizia”, denunciou a vereadora, se referindo a releases distribuídos por Marcell. 
 

Foto: Tiago Melo / Bahia Notícias
 
Entre o que considera incongruências do ex-colega, Ana Rita destaca o fato de que ele era desconhecido entre os defensores dos animais e teria se aproveitado de uma bandeira que está crescendo. “Ele nunca pegou um animal. Nenhum veterinário conhece ele. Ele caiu de paraquedas em um movimento que não conhece. Existe um abismo moral entre eu e ele. O animal que ele tem é um pug [raça de cachorro] que ele comprou em um pet shop. Como Marcell apresenta um projeto para proibir a venda de animais e compra um”, questionou, que citou outro projeto de Marcell, o Segunda Sem Carne: “Como ele quer proibir à venda de carne se não é nem vegetariano” (ver aqui, aqui). Aliviada com a saída do PV, Ana Rita Tavares já está de olho nos próximos passos políticos, agora que ingressou no Pros, partido onde avalia que tem “perspectiva de crescimento”, a parceria de correligionários com “lealdade” e suporte de “pessoas que acreditam no trabalho e na seriedade” da causa animal. Ao sinalizar que tem sido “pressionada” pelo movimento em que milita, a vereadora também revelou ao BN que, caso seja “do interesse” do Pros, pretende ser candidata a uma cadeira na Assembleia Legislativa. “Eu fui eleita pelas ONGs e elas representam esse movimento. Não decido nada sozinha, tenho um grupo e nada faço de cima para baixo”, finalizou. Do outro lado, Marcell Moraes também parece ter ficado aliviado com a saída de Ana Rita. O vereador estava praticamente fechado com o Solidariedade, mas decidiu repensar a decisão e avalia se ainda vai deixar o Partido Verde, o que tem de decidir até este sábado (5).